FEBRE MACULOSA

Vereadores cobram Prefeitura sobre controle de capivaras

Por Da Redação |
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Will Baldine/JP
Capivaras circulam livremente em área de lazer de Piracicaba
Capivaras circulam livremente em área de lazer de Piracicaba

A presença de capivaras em áreas urbanas e os riscos associados à febre maculosa voltaram a dominar os debates na Câmara Municipal de Piracicaba. Após duas mortes registradas em 2025, uma delas de uma criança, parlamentares intensificaram as cobranças por ações efetivas do Executivo para o manejo e controle populacional dos animais.

O vereador Felipe Jorge Dário (Solidariedade), o Felipe Gema, destacou que a febre maculosa continua vitimando moradores ano após ano e pediu respostas rápidas da Prefeitura. Ele questionou se existe programa de esterilização das capivaras, quais as ações de manejo ambiental em andamento, se há mapeamento das áreas críticas de maior concentração dos animais e carrapatos e quais os planos de orientação à população. “Não podemos naturalizar esse problema. Piracicaba precisa de políticas claras e efetivas para proteger a vida da população”, afirmou.

O parlamentar também chamou atenção para os riscos de acidentes de trânsito envolvendo os animais, relatando um episódio recente ocorrido com sua própria família próximo ao Horto de Tupi. Segundo ele, pontos como a Rua do Porto, margens do rio Piracicaba, Ribeirão Piracicamirim, Monte Alegre, Artemis e Parque Santa Rita estão entre os locais mais críticos.

No início do mês, durante a 47ª Reunião Ordinária, Felipe Gema já havia apresentado em regime de urgência o requerimento 992/2025, que questiona o Executivo sobre o planejamento e a execução de medidas de manejo das capivaras. Na ocasião, reforçou que, neste período do ano, os casos de febre maculosa tendem a aumentar.

Outro parlamentar que se manifestou sobre o tema foi o vereador Laércio Trevisan Jr. (PL), que usou a Tribuna   para criticar a ausência de medidas concretas, sobretudo na Rua do Porto, uma das áreas mais visitadas da cidade. “As capivaras andando à vontade, do lado da lagoa, as crianças andando, brincando, o povo caminhando... e nós tivemos dois óbitos em julho e agosto. No total, de 2019 a 2025, foram 19 mortes”, alertou.

Trevisan defendeu ações emergenciais, como instalação de barreiras para evitar a entrada dos animais em locais de grande circulação, além de pulverização, iscas ou remoção. Ele também lembrou que alerta para o problema desde 2023, sem que medidas efetivas tenham sido implementadas.

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