Piracicaba vive condições climáticas extremas, dignas de comparação com alguns dos desertos mais áridos do planeta. Na última quinta-feira (11), a Defesa Civil registrou apenas 7% de umidade relativa do ar na cidade, índice semelhante ao encontrado no Saara e no Atacama.
O dado coloca Piracicaba entre as cidades paulistas que enfrentam os níveis mais críticos de ressecamento. Em Descalvado, por exemplo, o índice chegou a 4%, seguido de Bragança Paulista (4,3%) e Itapira (5,8%). Além de Piracicaba, outras localidades, como Cordeirópolis (6,7%), Sumaré (6,9%) e Nova Odessa (7,8%), também registraram marcas alarmantes.
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Para efeito de comparação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que qualquer valor abaixo de 12% já configura estado de emergência, com riscos diretos à saúde, sobretudo para idosos, crianças e pessoas com doenças respiratórias. Em condições consideradas normais, a umidade varia entre 40% e 60%, faixa ideal para o conforto e o bem-estar.
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Além da secura, o calor castigou ainda mais a população. Em algumas localidades os termômetros chegaram a 40,3 °C, reforçando o cenário de alerta. Ao todo, 511 municípios paulistas receberam notificações severas da Defesa Civil.
Cuidados
Entre as orientações, destacam-se:
- hidratação constante;
- evitar atividades físicas nas horas de maior calor; e
- adotar medidas simples para manter os ambientes internos mais úmidos, como uso de toalhas molhadas e bacias de água.
O episódio acende um sinal de alerta para Piracicaba: quando o ar da cidade se aproxima do de um deserto, a saúde da população fica em risco e os cuidados precisam ser redobrados.