Um terremoto de 6 graus atingiu o leste do Afeganistão na noite de domingo (31), provocando pelo menos 800 mortes e deixando cerca de 2.500 feridos, segundo informou nesta segunda-feira (1º) o Talibã. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) localizou o epicentro a 27 km a leste da província de Nangarhar, a apenas 8 km de profundidade – uma característica que potencializa a destruição.
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O tremor principal ocorreu às 23h47, no horário local (16h17 em Brasília), e foi seguido por duas réplicas de 5,2 graus. Os tremores foram sentidos também em Kunar, Nuristão, Laghman e na capital Cabul.
Desafios do resgate
Equipes de emergência trabalham desde as primeiras horas desta segunda-feira (1º), mas enfrentam grandes obstáculos. Estradas bloqueadas por deslizamentos em Kunar e Nuristão dificultam o acesso, atrasando a ajuda humanitária. Autoridades temem que o número de vítimas ainda aumente nas próximas horas.
O porta-voz do Talibã, Zabihullah Mujahid, afirmou em rede social que “funcionários locais e moradores estão envolvidos em esforços de resgate. Equipes de apoio do centro e de províncias vizinhas estão a caminho, e todos os recursos disponíveis serão usados para salvar vidas”.
Impacto nas províncias
Kunar, localizada na fronteira com o Paquistão, é considerada a região mais atingida. A geografia montanhosa da cordilheira Hindu Kush, aliada à precariedade das estradas e à falta de comunicação em áreas rurais, torna lenta a avaliação de danos e a coordenação da ajuda.
Em Nuristão, os tremores foram fortes, mas até o momento não há registros de mortos ou feridos, segundo as autoridades locais.
Perspectivas para os próximos dias
Especialistas alertam que, devido à profundidade rasa do terremoto e à intensidade das réplicas, é provável que novas vítimas sejam registradas à medida que equipes consigam acessar localidades isoladas.
O governo do Talibã reforçou que todos os esforços logísticos e recursos disponíveis serão mobilizados para atender às áreas mais afetadas, destacando a urgência na resposta humanitária.