ARTIGO

Benefícios da prática sexual (3-3)

Por Luiz Xavier |
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Reduz o estresse: um estudo conduzido pela Universidade do Oeste da Escócia, na cidade de Paisley, constatou que fazer sexo é capaz de baixar a pressão sanguínea. O estudo mostrou que, ao fazer sexo, a medida baixava. A explicação é que a produção de hormônios calmantes aumenta muito durante a relação, influenciando de forma positiva a pressão.

Pode diminuir a TPM e as cólicas menstruais: ao que tudo indica, os benefícios do sexo podem diminuir a TPM e as cólicas menstruais. Segundo o ginecologista Neucenir Gallani isso não é uma regra, mas acontece com algumas mulheres, pois durante o ato sexual o corpo libera endorfinas e serotonina, além de aumentar a circulação sanguínea na região do períneo. Tudo isso gera uma sensação de relaxamento, prazer e bem-estar, pois há diminuição das dores que incomodam o bem-estar nos dias antes da menstruação. O sexo é o tranquilizante e relaxante muscular mais seguro do mundo.

Torna as pessoas mais felizes: mulheres na faixa dos 40 anos foram analisadas durante 36 semanas, por pesquisadores da Universidade do Estado do Arizona, nos Estados Unidos. O estudo mostrou que quando elas se aproximavam fisicamente do parceiro -abraçavam, beijavam e mantinham relações sexuais - apresentavam uma significativa melhora no humor.

Sexo casual também faz bem: estudo da Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, revelou que jovens que costumam praticar sexo casual apresentam o mesmo nível de autoestima, satisfação emocional e bem-estar que o grupo de pessoas que mantêm relações estáveis. Para a especialista em sexualidade humana, Yubertson Miranda, este resultado derruba o mito de que o sexo casual atua negativamente na saúde emocional de quem o pratica. “No entanto, é preciso ressaltar que este tipo de atividade sexual, além de aumentar os riscos para a saúde física – com a possibilidade de adquirir doenças sexualmente transmissíveis, gravidez indesejada e violência e abuso sexual – pode causar uma avaria emocional, caso o praticante não tenha o equilíbrio emocional necessário para evitar um envolvimento afetivo, talvez não correspondido”, pondera Yubertson.

Fazer sexo ao menos três vezes por semana rejuvenesce:  os prati¬cantes aparentam ter dez anos a menos, segundo uma pesquisa di¬vulgada pelo neuropsicólogo David Weeks, do Hospital Real de Edimburgo, no Reino Unido. Ele colocou um anúncio na revista britânica "New Scientist" perguntando se as pessoas se sen¬tiam - e pareciam - mais jovens do que realmente eram. Os que responderam "sim" faziam sexo três vezes por semana, no mínimo. A pesquisa mostrou que essas pessoas se sentem bem consigo mesmas e têm uma melhor aparência porque têm uma vida sexual melhor. “Não é que essas pessoas façam mais sexo por parecerem mais no¬vas. Elas parecem mais novas por¬que estão fazendo mais sexo em re¬lações estáveis e afetuosas” (Weeks).

Uma vida sexual ativa pode aumentar a longevidade: O sexo aumenta a expectativa de vida das pessoas na medida em que oferece benefícios à saúde e promove a tonificação de vários músculos do corpo humano, como pélvis, abdômen, braços e pernas. Traz relaxamento, combate o estresse da vida moderna e, consequentemente, promove melhor qualidade da saúde integral. Isso tudo aumenta a expectativa de vida da pessoa. Porém, é importante derrubar o mito de que a frequência das relações sexuais é um dado importante para uma boa saúde sexual. A quantidade de sexo depende exclusivamente do desejo do casal. Quando há um descompasso entre o desejo de ambos, é preciso investir no diálogo e, dependendo do caso, buscar ajuda profissional para que ambos fiquem satisfeitos.

Luiz Xavier é psicólogo clínico e terapeuta sexual.

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