FRAUDE NA GASOLINA!

Saiba como identificar gasolina e etanol adulterados no seu carro

Por Will Baldine | Jornal de Piracicaba |
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Segundo a investigação, os combustíveis eram adulterados com metanol, substância tóxica, com potencial de causar danos à saúde e ao meio ambiente
Segundo a investigação, os combustíveis eram adulterados com metanol, substância tóxica, com potencial de causar danos à saúde e ao meio ambiente

Uma operação nacional realizada na quinta-feira (28) mobilizou cerca de 1.400 agentes e revelou um esquema de fraude no setor de combustíveis, com indícios de envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC). O grupo investigado é suspeito de praticar adulteração de gasolina e etanol, sonegação fiscal, lavagem de dinheiro e intimidação a proprietários de postos.

Saiba Mais:

Segundo a investigação, os combustíveis eram adulterados com metanol, substância tóxica, com potencial de causar danos à saúde e ao meio ambiente. Além disso, consumidores estariam sendo lesados por meio da entrega de volumes inferiores aos indicados nas bombas, além de abastecimento com combustível fora das especificações técnicas.

De acordo com especialistas consultados, é possível identificar sinais de que o veículo foi abastecido com combustível adulterado. Um dos principais indicativos é o acendimento de luzes no painel. Isso ocorre devido à interferência do produto na leitura dos sensores eletrônicos.

Outros sinais citados incluem:

  • Aumento no consumo de combustível: motoristas que percorrem rotas semelhantes diariamente podem notar redução na autonomia do veículo;
  • Dificuldade na partida em dias frios ou pela manhã;
  • Alterações no som do motor, especialmente ao subir ladeiras ou em momentos de maior exigência;
  • Emissão de odores incomuns pelo escapamento, como cheiro de solvente ou querosene.

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recomenda um teste simples que pode ser feito antes de abastecer. O procedimento consiste em misturar 50 ml de gasolina com 50 ml de água e sal. Após repouso de aproximadamente 10 minutos, ocorre a separação dos líquidos, com a gasolina se mantendo na parte superior da mistura.

Como a legislação brasileira permite até 30% de etanol anidro na gasolina, o volume total da mistura deve atingir cerca de 65 ml. Desvios significativos nesse valor podem indicar adulteração.

As investigações seguem em andamento, com apreensões e mandados sendo cumpridos em diversos estados.

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