A pamonha é uma comida de origem indígena, feita a partir do milho verde ralado, temperado e cozido na própria palha. Ela já era consumida muito antes da colonização, em diferentes variações. Com a influência dos portugueses, ganhou leite, açúcar, queijo e outras misturas, tornando-se doce ou salgada.
Em Piracicaba, a pamonha ganhou destaque principalmente a partir do século 20, quando famílias da zona rural passaram a produzir e vender o prato como forma de sustento. A cidade, com forte tradição agrícola e ligação com o cultivo de milho, naturalmente se tornou um ponto de referência.
A partir das décadas de 1950 e 1960, começaram a surgir as famosas "pamonharias", lugares especializados em preparar e vender pamonha. Em Piracicaba, esses estabelecimentos se multiplicaram, ajudando a consolidar a fama do prato.
Esse negócio é uma “febre” há pelo menos cinco décadas - sendo vendido com mais frequência partir dos anos de 1970 - e está espalhado por toda a cidade, seja em lojas ou em trailers de lanches.
Não há uma estatística oficial e precisa sobre a produção de pamonhas em Piracicaba. Estima-se, no entanto, que a cidade e toda a região produzam cerca de 5.000 pamonhas por dia, isso representa cerca de 1,8 milhão por ano.
MUSIQUINHA
Um dos fatores mais marcantes foi a propaganda sonora: carros de som e bicicletas saíam pelas ruas com alto-falantes tocando a chamada característica: “Pamonha, pamonha, pamonha! Pamonha de Piracicaba!” Essa frase virou um ícone cultural e ainda hoje é lembrada como um símbolo da cidade.