REPÚDIO

Cidade da região torna Alexandre de Moraes 'persona non grata'

Por Da Redação |
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Bruno Peres/Agência Brasil

A Câmara Municipal de Limeira, na Região Metropolitana de Piracicaba, viveu uma sessão ordinária de fortes embates políticos nesta segunda-feira (11), aprovando, por 10 votos a 2, duas moções que geraram repercussão dentro e fora do município.

A primeira, de número 211/2025, foi apresentada pelo vereador Guilherme Guido (PL) e manifesta repúdio ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, atribuindo-lhe o título simbólico de “persona non grata” na cidade. O texto será encaminhado ao gabinete do magistrado e traz críticas às suas decisões, apontando suposto desrespeito à Constituição Federal, atuação político-partidária e condutas consideradas incompatíveis com a função.

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Entre as justificativas, a moção menciona as sanções aplicadas a Moraes com base na Lei Magnitsky — legislação norte-americana conhecida por seu rigor — e cita um episódio ocorrido em 30 de julho de 2025, na Neo Química Arena, em São Paulo, quando o ministro teria feito um gesto obsceno, fato considerado pelos vereadores como afronta à moralidade e ao decoro do cargo. O documento ainda invoca a Lei nº 1.079/1950, que trata de crimes de responsabilidade de ministros do STF.

Apoio ao ex-presidente Bolsonaro

Na mesma sessão, foi aprovada a Moção nº 209/2025, de autoria do vereador Costa Júnior (Podemos), que expressa solidariedade ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. O texto argumenta que o ex-mandatário estaria sendo alvo de ações coercitivas abusivas por parte do STF, incluindo quebras de sigilo, bloqueio de redes sociais e operações de busca e apreensão. A medida também questiona se está sendo respeitado o devido processo legal e a presunção de inocência.

Resultado da votação

Votaram a favor das moções os vereadores Anderson Pereira (PSD), Carlinhos do Grota (PL), Costa Júnior (PODE), Felipe Penedo (PL), Guilherme Guido (PL), Mara Isa (PL), Márcio do Estacionamento (DC), Nilton Santos (Republicanos) e Zé da Farmácia (Solidariedade). Foram contrárias Isabelly Carvalho (PT) e Tatiane Lopes (Avante). Os demais parlamentares não registraram voto.

Ambos os documentos serão oficialmente enviados aos destinatários mencionados, reforçando o tom político da sessão e abrindo espaço para repercussões no cenário estadual e nacional.

As informações são do portal E-Limeira.

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