Laudo pericial feito na menina de 6 anos, cuja mãe denuncia que teria sido vítima de abuso sexual em escola municipal de Tremembé, não apontou sinais de violência sexual. A informação é do delegado Daniel Estefano, que conduz o inquérito sobre o caso.
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“O que posso afirmar é que o laudo pericial não constatou o abuso. Outros exames complementares estão sendo realizados, porém, por ora, não podemos afirmar que houve a violência sexual”, disse o delegado.
A SSP (Secretaria de Segurança Pública de São Paulo) confirmou que a Polícia Civil investiga o possível caso de estupro da criança em escola de Tremembé, no bairro Jardim Alberto Ronconi, que teria ocorrido na terça-feira (5). A polícia foi acionada após a mãe levar a criança ao pronto-socorro de Tremembé.
A menina foi encaminhada ao Hospital Universitário de Taubaté, onde passou por exames, informou a SSP. O caso foi registrado no Plantão da Delegacia de Polícia de Taubaté como provável estupro de vulnerável. A investigação está em andamento e segue sob sigilo.
A mãe da criança relatou que percebeu que havia algo de errado quando a filha retornou da escola, por volta das 17h30, e andava com as pernas abertas. Ela disse que tirou a roupa da filha e notou a presença de sangue nas partes íntimas, que estavam machucadas.
“Perguntei a ela o que tinha acontecido, e ela disse que ‘a parte que usa para fazer xixi está doendo’. Ela chorou de dor. Tirei a roupa dela e vi sangue na calcinha. Tinha marca roxa”, afirmou a mãe.
Ela cobra as imagens de câmeras de segurança da escola. “A prefeitura não quer ceder as imagens. Eles dizem que ninguém entrou na escola. Mas alguém levou a menina para o banheiro. Quero descobrir quem foi. Não pode acontecer, pode ocorrer com outra criança”, afirmou a mãe a OVALE.
O boletim de ocorrência foi registrado como estupro de vulnerável. A criança passou por exames clínicos e no IML (Instituto Médico Legal). O documento policial consta que, nos exames realizados, não houve perfuração de hímen e nem ferimentos. Ainda segundo a polícia, todas as provas estão sendo analisadas e o caso segue em andamento.
Segundo consta no registro policial, a criança teria apontado uma pessoa como responsável pelo ato. Um homem chegou a ser levado para a delegacia e ouvido pela polícia. Ele também teria colhido material genético para exames, de forma espontânea. Mais detalhes do caso foram preservados devido à natureza da ocorrência e por envolver menor de idade.
Outro lado.
Marcus Ortiz Querido, secretário de Mobilidade Urbana e Cooperação em Segurança de Tremembé, disse a OVALE que a prefeitura tem todo o interesse em esclarecer o ocorrido, já tendo fornecido as imagens de câmeras de segurança da escola para a Polícia Civil. O secretário disse que em levantamento preliminar das imagens nenhuma pessoa estranha ao ambiente escolar foi vista entrando na escola.
“Nas imagens que vimos e passamos para polícia, não entra ninguém que não seja pessoa da própria escola. Temos um vigilante na porta da escola e só permite acesso para a secretaria, após autorização, e fazem o registro de quem esteve lá e o que fez.”
Querido afirmou que a escola e a prefeitura também podem assistir as imagens das câmeras junto com a mãe.
“Tanto para ela quanto para nós é uma situação extremamente grave. O que estamos fazendo é que se aconteceu alguma coisa, deve ter ocorrido fora do ambiente escolar. Dentro não teve situação que colocasse a criança em risco”, disse o secretário.