REPERCUSSÃO NACIONAL

Policial diz que namorado matou estudante em Ilha Solteira

Por Wesley Pedrosa | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
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Marcos Yuri Amorim e o amante, o policial ambiental Roberto Carlos de Oliveira
Marcos Yuri Amorim e o amante, o policial ambiental Roberto Carlos de Oliveira

O policial militar da reserva suspeito de envolvimento na morte da estudante trans Carmen de Oliveira Alves, de 26 anos, afirmou à polícia que o namorado dela, Marcos Yuri Amorim, cometeu o assassinato. O crime aconteceu em 12 de junho, em Ilha Solteira, e inicialmente foi tratado como desaparecimento.

Segundo a investigação, Carmen foi morta no Dia dos Namorados, e o corpo ocultado. A confissão parcial foi feita por Roberto Carlos de Oliveira, que está preso desde 10 de julho. Apesar de negar ter participado diretamente no crime, ele admitiu que Yuri é o autor e sabia da ocultação do corpo.

O caso ganhou novos desdobramentos nessa quarta-feira, 6, com o depoimento de duas testemunhas solicitadas pela defesa do policial. A alegação é que ele teria um álibi que o colocaria em outro local no momento do crime. A Polícia Civil solicitou a prorrogação da prisão dos dois suspeitos.

As investigações revelam que Carmen teria pressionado o namorado a assumir publicamente o relacionamento, mesmo já sendo conhecido pela família. Além disso, ela teria descoberto envolvimento dele em crimes, como furtos, e elaborado um dossiê com supostas provas, que foi apagado.

Outro ponto apurado é a existência de um triângulo amoroso. A polícia suspeita que Roberto, além de cúmplice, também mantinha uma relação com Yuri, o que teria motivado ainda mais o envolvimento no crime.

Fragmentos do que seria o celular da vítima foram encontrados em uma área de mata após informações prestadas pelos envolvidos. O material foi encaminhado para perícia, mas o laudo ainda não foi divulgado.

O delegado responsável pelo caso, Miguel Rocha, afirma que, até o momento, tudo indica se tratar de feminicídio. Carmen desapareceu oficialmente no dia 12 de julho, mas os indícios apontam que ela foi morta um mês antes.

Ambos os suspeitos seguem presos temporariamente e aguardam decisão judicial sobre a extensão das detenções. A investigação segue em curso e busca localizar o corpo da vítima, que até agora não foi encontrado.

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