Uma ocorrência de briga familiar mobilizou a Polícia Militar na noite dessa terça-feira, 5, no Jardim Brasilândia, em Franca. O caso envolveu dois irmãos - ela de 42 e ele com 48 anos - que vivem na mesma residência junto com a mãe, que está acamada.
De acordo com o relato feito à polícia, os dois se desentenderam por um motivo banal: um carregador de celular. Durante a discussão, o irmão teria empurrado a vítima, que caiu e bateu com as costas em um móvel, provocando um pequeno vergão.
Ao chegarem no local, os policiais ouviram a versão de irmã e depois do irmão, que negou qualquer agressão. A mãe dos dois também estava na casa, mas não pôde prestar esclarecimentos: ela está acamada com o fêmur quebrado, em recuperação dentro da própria residência.
No caminho para a delegacia, o comportamento do suposto agressor chamou a atenção dos policiais. Ele afirmou ser advogado, mas sua carteira da OAB está suspensa. Durante o trajeto, passou a relatar histórias desconexas, dizendo que a mãe e a irmã teriam morrido anteriormente, e que as mulheres que vivem com ele hoje assumiram os papéis das falecidas. Segundo ele, essas mulheres seriam envolvidas com o PCC e seus verdadeiros pais teriam sido assassinados pela facção.
A vítima, por sua vez, também apresentou versões desconexas, mencionando supostos hackeamentos e situações relacionadas a celulares, demonstrando igualmente um discurso desorganizado. Ambos relataram histórico de acompanhamento psicológico. A vítima afirmou, inclusive, que irmão já esteve internado no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec.
Diante da instabilidade emocional dos envolvidos e das falas sem coerência, os policiais conduziram o homem até o Pronto-socorro "Dr. Álvaro Azzuz", onde ele foi medicado e permaneceu em observação para avaliação psiquiátrica.
O caso foi registrado na delegacia e segue para análise da autoridade policial e, possivelmente, dos serviços de saúde mental do município.