CARTÃO-POSTAL

Piracicaba, 258 anos: Mercadão é lembrança com gosto de infância

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Daniele com a filha Beatriz comendo coxinha no Mercado Municipal: passeio em família 
Daniele com a filha Beatriz comendo coxinha no Mercado Municipal: passeio em família 

Piracicaba completa neste dia 1ª de agosto 258 anos e o JP traz matérias especiais sobre o Mercadão, atingido por incêndio na semana passada, deixando 25% do local destruído.

Tradicional cartão-postal da cidade, o Mercadão Municipal é um dos orgulhos do piracicabano. Inaugurado em 5 de julho de 1888 e patrimônio histórico de nosso município, o mercadão traz na memória muitas histórias e ótimas lembranças que não saem da retina dos que fizeram deste local sua segunda casa. Afinal, quem não tem uma lembrança para contar?

O mercadão é, para muitos, um obrigatório ponto de encontro com familiares e amigos, que aproveitam o ambiente icônico e aconchegante para boas compras e conversas agradáveis. “Eventualmente vou ao mercadão para encontrar amigos; é um privilégio para mim”, conta o aposentado Yoshio Anraku, de 84 anos, que frequenta o local há mais de cinco décadas.

Com um charme inconfundível, o Mercado Municipal é parada quase que certa também para quem passa pela região central. “O mercadão é um local que sempre marca a nossas vidas; não tem como não ir ao Centro e não ir nele; é acolhedor com o sorriso dos comerciantes e funcionários”, diz Daniele Cristina de Oliveira Chiodi, de 41 anos.

Daniele, que atua como a Palhaça Girassol, trabalha em prol da inclusão PCD/XV Piracicaba-SP. Também por isso, ela tem muitas passagens pelo mercadão com sua turminha. “Tenho a lembrança que sempre amamos: ir com PCDs após os eventos para comer pastel, frutas e doces”, recorda.

A empresária Renata Righeto, de 40 anos, é outra piracicabana tem momentos inesquecíveis para contar. “Desde criança, eu acompanhava meus pais para fazer compras e comer pastel no café da manhã. Tínhamos isso como passeio aos finais de semana”, conta.

“Meu pai escolhia o cardápio do almoço e lá íamos nós ao mercadão para comprar. Eu e meus dois irmãos mais velhos sempre comíamos pastel de carne e tomávamos caçulinha: uma lembrança com gosto de infância”, emendou.

Ela lembra que aproveitava muito bem aqueles passeios em família para brincar pelas “alamedas” do mercadão e “sentir aquele cheiro de feira, de legumes e frutas frescas”.

“Também passávamos na casa de pesca, pois meu pai, como bom pescador, sempre entrava para ver algum apetrecho do esporte”. “E após isso, voltávamos para casa para que ele pudesse preparar o almoço da família. Muitas vezes feijoada, peixe assado, galinhada, ‘puchero’, entre outros cardápios”, finaliza.

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