COMUNITÁRIOS

Líderes de comunidades de Piracicaba avaliam regularização

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
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Divulgação
O núcleo do Pereirinha sofre com problemas de infraestrutura
O núcleo do Pereirinha sofre com problemas de infraestrutura

A falta de informação sobre como será todo o processo é a maior preocupação dos moradores. Para os dois líderes comunitários ouvidos pela reportagem do Jornal de Piracicaba, ainda há muitas dúvidas que, segundo eles, não foram sanadas pela administração municipal. Apesar disso, em geral, há muita esperança de que tudo dê certo.

“Está faltando um pouco de informação. Eles (funcionários da prefeitura) vieram e explicaram alguma coisa, mas ficou bastante coisa em aberto. Então, as dúvidas têm bastante. Não que a gente quer ser contra; nada disso. É que a informação não chegou para a gente ainda”, declarou Claudenice Ferreira dos Santos, o Deko, líder comunitário da Portelinha.

Deko diz que há muitas dúvidas ainda, que espera que sejam sanadas nos próximos encontros. “Não sabemos se vamos ser beneficiado ou se vamos ser penalizado apagar algum custo para prefeitura. Sobre a documentação, não temos informações quando teremos esse documento em mãos”, declara o líder comunitário.

Apesar das dúvidas, os moradores estão ansiosos e seguem na expectativa. “Desde que a mudança seja para a melhoria de todos que ali habitam será bem-vinda. Ainda não temos muita informação, mas esperamos que seja rápido”, conta a líder comunitária do Pereirinha, Tamires Fernandes dos Santos.

Ela conta que, em sua comunidade, há um misto de incertezas e felicidade com a perspectiva de ter a posse do terreno e de melhorias na comunidade. “Houve uma luz no fim do túnel. A esperança de mudança de moradia digna para todos, mas creio também que tem bastante dúvida porque é tudo novo para nós aqui”, declara.

Tamires, que mora há oito anos no Pereirinha, revela que situações como falta de iluminação adequada nas vias públicas e o esgoto a céu aberto são algumas demandas que os moradores querem que sejam resolvidas.

Ela diz que, além da posse dos imóveis, a prefeitura precisa dar atenção para melhorar as condições de infraestrutura. Uma preocupação é a situação de algumas casas do Pereirinha, que estão em estado de deterioração em relação à erosão do solo.

“Vejo também a ligeira necessidade de um muro de arrimo acompanhando metade do córrego, da rua Manoel Valverde até o fundo, onde ainda existe alguns barracos em degradação devido os desmoronamentos. Isto seria muito importante para nós também o esgoto a iluminação.”

Essas benfeitorias, na visão dos moradores, são importantes para uma condição digna. “Na verdade, a gente sabe que somos moradores de Piracicaba não cidadãos piracicabanos, porque não temos esse privilégio de creche ou qualquer tipo de infraestrutura dentro da nossa comunidade”, critica Deko.

A prefeitura explicou que, em sua maioria, as comunidades envolvidas no processo de regularização fundiária já são atendidas com serviços essenciais, como creches, escolas e unidades de saúde.

No entanto, durante a elaboração dos projetos técnicos da REURB, são realizados levantamentos detalhados que permitem identificar outras demandas de infraestrutura urbana, como: rede de abastecimento de água, sistema de coleta e tratamento de esgoto, iluminação pública, pavimentação e drenagem, entre outras melhorias.

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