A Nasa está monitorando a aproximação do asteroide 2025 OW, que possui cerca de 67 metros de diâmetro, o equivalente a um edifício de mais de 20 andares. De acordo com a agência espacial dos Estados Unidos, o objeto deve passar próximo à Terra na próxima segunda-feira (28).
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As estimativas indicam que a aproximação ocorrerá a uma distância de aproximadamente 632 mil quilômetros do planeta. Astrônomos classificam esse tipo de evento como uma "quase colisão". O asteroide também chama atenção pela velocidade com que se desloca: cerca de 75.639 km/h.
Especialistas da agência afirmam que encontros com objetos espaciais como esse são mais comuns do que o público imagina. Ainda segundo a Nasa, se o 2025 OW atingisse uma área urbana, os danos esperados seriam limitados.
“Aproximações acontecem o tempo todo — é apenas parte da estrutura do Sistema Solar”, afirmou Davide Farnocchia, pesquisador do Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra (CNEOS), em entrevista à rede norte-americana ABC News.
Asteroides em observação constante
Além do 2025 OW, a Nasa acompanha outros asteroides que apresentam características que justificam o monitoramento contínuo.
Entre eles estão:
- Bennu: 490 metros de diâmetro; possibilidade de colisão no século 22.
- Apophis: passou por reavaliações e não representa mais ameaça entre 2029 e 2036.
- 2024 YR4: nova projeção indica que pode se aproximar da Lua, e não da Terra.
- 2011 UL21: passou próximo ao planeta em junho de 2024.
- 1950 DA: chance baixa de impacto em 2880, mas segue sob vigilância.
- 2007 FT3: trajetória o coloca em rota relativamente próxima à Terra.
- 1979 XB: cruza a órbita terrestre e é considerado objeto de interesse.
- 2023 DW: risco inicial de impacto em 2046 foi descartado com novas análises.
- 2002 NV16: passou perto da Terra em outubro de 2024, sem risco iminente.
Estratégias para lidar com ameaças espaciais
Impactos de grandes asteroides com a Terra podem provocar consequências graves. Por essa razão, cientistas trabalham em formas de desviar ou neutralizar objetos que apresentem risco real de colisão.
Entre as estratégias estudadas estão o impacto cinético, no qual uma nave colide diretamente com o asteroide para alterar sua trajetória, e o desvio gravitacional, que utiliza a força gravitacional de uma sonda para modificar o percurso do objeto.
A Nasa já realizou um teste com a missão DART (Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo). Durante a operação, uma nave foi lançada em direção ao asteroide Dimorphos, de aproximadamente 160 metros de diâmetro. A colisão ocorreu a cerca de 24 mil km/h e conseguiu alterar a órbita do corpo celeste. O resultado mostrou que, embora a técnica seja eficaz, também exige atenção a fatores que ainda não são totalmente conhecidos.