CORPO PERFEITO

Mudança sustentável no estilo de vida é a solução, diz PhD

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
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Divulgação 
Camarda é a favor da atividade física: ‘É um processo que preserva a saúde’
Camarda é a favor da atividade física: ‘É um processo que preserva a saúde’

A alternativa mais segura e eficaz para o emagrecimento com saúde continua sendo aquela que muitos evitam por exigir constância e comprometimento: a mudança sustentável no estilo de vida, conduzida com acompanhamento profissional qualificado. Essa é a opinião do piracicabano Sérgio Camarda, PhD em Ciências da Saúde e especialista em fisiologia do exercício.

“Ao longo da minha trajetória como fisiologista do exercício, constatei que os melhores resultados vêm da integração entre alimentação equilibrada, atividade física orientada e práticas baseadas nos conceitos wellness, que promovem o equilíbrio entre corpo, mente e bem-estar emocional. Essa abordagem não apenas gera perda de peso duradoura, mas transforma a saúde de forma global e consistente”, explicou.

Para o professor Camarda, nos dias de hoje, é compreensível o desejo de emagrecer rapidamente, “pois vivemos em uma sociedade que valoriza excessivamente a imagem e anseia por resultados imediatos”. No entanto, afirma, a saúde não pode ser colocada em segundo plano.

“O emagrecimento verdadeiro é fruto de uma abordagem sistêmica, que considera o corpo, a mente e os hábitos de vida de forma integrada. É um processo que preserva a saúde, respeita os limites do organismo e promove mudanças sustentáveis. Medicamentos podem ser aliados pontuais, mas jamais substitutos do cuidado completo e contínuo que o corpo realmente necessita”.

Camarda admitiu que o fenômeno das canetas emagrecedoras é preocupante. Embora tenham eficácia comprovada para perda de peso, seu uso indiscriminado, sem prescrição médica ou sem real indicação clínica, representa um sério risco à saúde, em sua opinião. “Estamos diante de uma banalização de medicamentos potentes, que interferem diretamente no sistema digestivo e endócrino”, opinou.

Além dos efeitos adversos, como náuseas, vômitos, distúrbios intestinais e dependência química, “muitas pessoas não estão tratando a causa da obesidade ou do sobrepeso, apenas mascarando sintomas com o uso de substâncias que, ao serem interrompidas, frequentemente levam novamente ao ganho de peso, o famoso ‘efeito sanfona’, que gera frustração e até dependência emocional do medicamento”, finalizou o professor.

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