PERSONA

Cecílio Elias Netto: entre memórias e o amor por Piracicaba

Por André Thieful |
| Tempo de leitura: 15 min

Guardião da memória e das palavras, Cecílio Elias Netto revisita sua trajetória de 85 anos, que se confundem com a própria história recente de Piracicaba. Jornalista há quase sete décadas, escritor com mais de 60 anos de dedicação à literatura e idealizador do Instituto Cecílio Elias Netto (ICEN), ele celebra agora novos marcos: a criação do Centro de Memória que leva seu nome, aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, e a homenagem que receberá da Flipira, a Festa Literária Internacional de Piracicaba.

Nesta entrevista, Cecílio reflete sobre as transformações profundas que testemunhou — da ditadura militar à era digital —, fala da importância de preservar a identidade caipira, revela bastidores de sua vida profissional e pessoal e compartilha a visão de quem sempre entendeu jornalismo e literatura como um serviço à comunidade e um ato de amor à cidade.

O senhor completa, entre 2025 e 2026, 60 anos de atuação na literatura, 70 anos de jornalismo e 10 anos do Instituto Cecílio Elias Netto. Como é olhar para essa trajetória tão rica?

Entre surpreso, querendo entender, mas agradecido. Isso está levando-me a tentar rever essa caminhada. As coisas foram acontecendo sem que eu as procurasse. Meu sonho era o de ingressar na Diplomacia. Pensava ser esse um notável caminho para eu poder realizar o sonho maior: escrever. Passei a aprender línguas e fui em busca de um espaço no jornalismo, pois era a grande escola para refinar o estilo. As coisas, porém, aconteceram muito rapidamente e, ainda aos 20 anos, nomearam-me diretor de um novo jornal da cidade. Tudo, então, foi-se acelerando. Crises políticas, o golpe em 1964, outros desafios, meu casamento, as confusões naquela Piracicaba... Fiquei. Há destino? Não sei. Mas me sinto agradecidamente privilegiado por ter vivido em épocas de tantas transformações. Da “bomba atômica” ao mundo digital, da charrete às estrelas... É a fascinante e desafiadora jornada da história humana.

Está em andamento o projeto do Centro de Memória Cecílio Elias Netto, já aprovado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura. O que é esse centro, como ele vai funcionar e qual a importância dele para Piracicaba e para sua própria história?

Trata-se de uma iniciativa de meus filhos e amigos, a partir do ICEN também criado por eles. É um instituto sem fim lucrativo. O objetivo principal é o esforço para oferecer, à população, acesso ao acervo que formamos, especialmente sobre Piracicaba. E, também, recolher testemunhos, depoimentos de nossa gente, informações, documentos que venham a alimentar o muito que a cidade já tem resguardado através de nossas instituições. Esperamos seja uma contribuição a mais. O Centro de Memória pretende rebuscar e alimentar a memória de nossa terra ainda também através dos que estamos vivos. Queremos estimular a participação e o pertencimento da comunidade – como corresponsável e guardiã da memória comum.

Já existe uma previsão de quando será o lançamento oficial do projeto?

Está programado para o dia 22 de agosto, no SESC Piracicaba, cuja participação e apoio têm sido estimulantes. Será a apresentação deste projeto, ainda em fase de captação de recursos, durante o IV Encontro dos Caipiracicabanos, com uma conversa para alargamento de ideias e possibilidades. Nesse sentido, aliás, Piracicaba já está reconhecendo e agradecendo o SESC pelo inestimável centro também cultural que tem sido para nossa terra.  Permito-me dizer que – para mim e meus familiares – essa vitalidade tem um significado também sentimental: aquela sede, quase à beira-rio, surgiu por iniciativa do Sindicato do Comércio Varejista. E, na diretoria deste estavam, àquela data, meu pai, Tuffi Elias, e o incansável Sebastião Rodrigues Pinto, progenitor de nossa consagrada Cidinha Mahle e, naturalmente, sogro do imortal Ernst Mahle.

O seu acervo é fruto de 85 anos de vida, 70 de jornalismo e 60 de literatura. O que significa, para o senhor, transformar essa memória em um espaço público de preservação e acesso?

Para mim e para os meus, é um dever muito prazeroso. Digo seja a continuação de um trabalho intenso realizado ao longo dessas décadas todas. Piracicaba foi e continua sendo a grande motivação, uma busca incessante para que não nos esqueçamos de nossas raízes. Se elas, as raízes, não forem preservadas, a árvore morre. O futuro é apenas uma perspectiva, uma possibilidade. Estão no passado as lições para vivermos o presente, pelo menos inspirados em erros e acertos anteriores. O mundo está voltando a tomar consciência disso diante dos atropelos e indefinições que temos visto e vivido. Não deve tratar-se de trazer o passado de volta. Mas o de aprender com ele, o recordar, manter viva a memória.

Olhando para sua obra e para sua atuação no jornalismo e na literatura, qual acredita ser o seu maior legado para Piracicaba e para as futuras gerações? 
Confesso não ter ideia a respeito. Nunca planejei deixar isso ou aquilo como legado. A vida profissional toda eu a vivi tentando fazer o que me ditou a consciência e o que chamo de caipiracicabanidade. Aprendi, desde a adolescência, que jornalismo é um serviço à comunidade. A arte é, também, um depoimento que o artista dá ao mesmo tempo para a sua geração e como registro para as posteriores. Em síntese, o artista – cada qual em sua atividade – é um contador de história. E, de certa forma, visionário.

Ao longo de 85 anos, o senhor testemunhou transformações profundas na sociedade, na cultura e na comunicação. Como essas mudanças impactaram sua maneira de fazer jornalismo e de escrever literatura?

Foram impactos permanentes. E ainda são, agora de maneira mais desafiadora e preocupante. Estamos diante do início de uma verdadeira revolução em todo o nosso arcabouço socio-cultural-político-econômico. Muito do que era deixou de ser. Valores estão em transformação. No entanto, há princípios universais que não se alteram, talvez, por serem intrínsecos à natureza humana. Serão estes que, quando a poeira baixar, voltarão a se impor. Reporto-me a uma reflexão de Giuseppe di Lampedusa, tornada célebre no livro – e filme - “O Leopardo”: ´É preciso mudar sempre para tornar tudo igual”. Sugere uma outra suposição do eterno retorno. O essencial, o fundamental não podem mudar.

O senhor sempre demonstrou grande amor por Piracicaba e pela preservação da cultura caipira. Inclusive, liderou o movimento que resultou no decreto que reconhece o dialeto e o sotaque caipiras como patrimônio imaterial do município. Que significado essa conquista tem para o senhor?

A conquista foi para Piracicaba e o mérito há que ser do Legislativo. Fomos, apenas, provocadores, insistindo na riqueza, na peculiaridade de nosso falar. O caipira não é mais aquela figura lamentável criada por Monteiro Lobato. O caipira foi uma maneira de ser singular que motivou estudos e registros extraordinários não apenas na literatura, mas na realidade formadora dos paulistas. Lembremo-nos de que Prudente de Moraes, ao alcançar a Presidência da República, foi identificado como o “Presidente Caipira”. Há quase 130 anos! 
Quero destacar nunca ter sido ou me considerado historiador, embora seja apaixonado pela própria história. Historiadora-mor em nossa terra é a magnífica doutora Marly Perecin. No entanto, o jornalismo sempre foi considerado como o “rascunho da História”. Logo, sempre fiquei rascunhando. Agora, tento rascunhar memórias.

O termo "Caipiracicabano" acabou se tornando uma marca da sua obra e da sua identidade. Como surgiu esse neologismo e o que ele representa?

Considero-o notável, uma reafirmação de nossa identidade. Não sei quem o criou. Mas a primeira vez que o ouvi foi lá pelos anos 1950, pronunciado pelo nosso inesquecível Thales de Andrade. Ele foi muito próximo de minha família e, ainda criança, eu me deliciava com as lembranças que Thales nos narrava. E, certa vez, ele falou que, mais do que caipiras, éramos caipiracicabanos. Ou seja: caipiras de Piracicaba. E que isso era o diferencial. Logo em seguida, o também notável João Chiarini passou a adotá-lo. A esses dois gigantes de nossa cultura, devo muito de meu aprendizado caipiracicabano inicial. 
As novas gerações precisam ser informadas dos admiráveis trabalhos e influências de estudiosos desse caipirismo que tiveram raízes aqui em Piracicaba e região. Penso, especialmente, em Amadeu Amaral – o primeiro a compor um dicionário de dialeto caipira – em Cornélio Pires, em nossa Jamile Japur, uma das pioneiras em profundos estudos de culinária, da cozinha caipira. É necessário, também, dar destaque ao excepcional trabalho de Ada Natal Rodrigues, “O Dialeto caipira na região de Piracicaba”. E, obviamente, todo o estudo folclórico de Câmara Cascudo, António Cândido e tantos outros. 
Temo que, nestes tempos materialistas, possamos sonegar, à juventude, o histórico significado da palavra e do espírito caipira. Está nele a verdadeira identidade dos paulistas e Piracicaba sempre foi centro dessa cultura. O caipira não é o matuto de Lobato, o Jeca Tatu. Ele está muito próximo do Joaquim Bentinho, a pessoa simples, inteligente, calma e esperta do Cornélio Pires. A própria maneira de falar, tida como dialeto, é marca excepcional de nossa identidade.

De todos os livros que escreveu, existe algum pelo qual tem um carinho especial ou que considere mais representativo da sua trajetória?

No meu entender, toda arte é filha da alma, do coração. A razão apenas ajuda a expressá-la. Assim, cada produção artística – e o jornalismo também exige muita arte – é como um filho para quem o gerou. Para mim, cada livro que escrevi é um filho de que precisei cuidar conforme a personalidade dos personagens. Todos eles, os livros, são amados e queridos com sentimentos diferentes. Penso que – como ocorre em relação a nossos filhos – há sempre atenção especial àquele que precisa de mais cuidados, que exige mais trabalho. No meu caso, destaco, então, o romance “Miserere mei, amor”. Cheguei à exaustão quase total. De mim, senti ter ele exigido coração, alma, corpo, até mesmo vísceras. Foi uma experiência que não consigo explicar. Nele, senti a impulsão de, realmente, escrever com o coração. E, de maneira sentimental, também o livro com que iniciei a vida literária, o “Um eunuco para Ester”, lá em 1965.

O senhor está prestes a completar 70 anos de jornalismo. Como enxerga o jornalismo atual, sobretudo nesse cenário dominado pelas redes sociais e pela circulação massiva de informações?

Com expectativa positiva, mas com preocupação. Lembremo-nos de que jornalismo, desde o início, foi considerado missão profética. Nada de religioso, mas como um acendedor de lampiões, buscando levar alguma luz onde houvesse escuridão. O acendedor de lampiões era chamado de profeta. Em meu entender, diante do caos também na comunicação, cabe-nos retornar àquele profetismo. Buscar luz, alguma luz. E isso, creio, exigiria que retornássemos às origens quando, diante do já noticiado e conhecido, opinávamos, analisávamos, criticávamos. Um jornalismo apenas noticioso não mais me parece ter sentido.  A informação já se espalhou. Logo, ao jornalista profissional, deveria caber, novamente, a interpretação, a análise de possíveis e prováveis consequências. Despertar, estimular a discussão. Nessa verdadeira bagunça das redes sociais, a opinião pública precisa – urgentemente – de alguma referência quanto à veracidade dos acontecimentos. Temos que ajudá-la a encontrar, mesmo sabendo de nossos limites e falhas. A tecnologia deve estar sempre a serviço. Lembro-me que fomos quase sempre pioneiros na renovação tecnológica da imprensa em Piracicaba.

O senhor será homenageado pela Flipira neste ano, em reconhecimento à sua trajetória. Como recebe essa homenagem e que significado ela tem na sua vida?

Recebo-a também surpreso, agradecido e assustado. Estou num processo de releitura de tudo o que aconteceu desde o começo, aos meus 15/16 anos. Das mudanças, transformações ocorridas também em nossa Piracicaba e chego a sobressaltar-me. Entre belezas, verdadeiras maravilhas, houve coisas terríveis, dolorosas. Relembrando, fico em dúvidas quanto à minha ação jornalística em cada oportunidade. Teria sido a mais adequada? A mais sábia? As lutas e os desafios foram intensos, pareciam intermináveis. Aqueles 21 anos de ditadura, o enfrentamento à censura, as perseguições, processos, prisão domiciliar, boicotes publicitários ao jornal... Tento não relembrar e não consigo. Essa honrosa e gentil homenagem da Flipira traz-me certo alívio: “Acho que não errei tanto”. Estou gratíssimo.

Se pudesse reviver um momento específico da sua trajetória no jornalismo ou na literatura, qual seria e por quê?

Respondendo com total franqueza: não sei dizer. Parece-me tudo estar de tal forma interligado que formou um todo cujas partes realmente se uniram. Quando muitos dizem que o ocorrido “parece ter sido ontem”, vejo-me numa caminhada tão longa que o receio é o de cansar-me de vez. Mas aquele ano de 1964 penso ter sido determinante: o desmoronamento do Comurba, as marcas da tragédia, as interrogações e dúvidas, o golpe militar, o domínio cínico de autoridades golpistas, minha formatura na Faculdade de Direito, a para mim incrível responsabilidade de, além de diretor, ter-me tornado dono de jornal. E, de maneira especialíssima e bem-aventurada, de Mariana e eu aguardarmos o primeiro filho. E, depois, mais quatro.

O que mais o inspira, hoje, a continuar produzindo, escrevendo e contribuindo para a cultura?

Tenho um grande amigo e colega de jornalismo, o Evaldo Vicente – diretor de “A Tribuna de Piracicaba” – que costuma dizer referindo-se a mim: “Para ele, escrever e viver são sinônimos”. Sinto que sim. Escrever, ler, estudar resumem muito de minha vida. É, talvez, a minha maneira de falar comigo mesmo, de ver-me, de buscar o que está em meu interior. Escrever é viver, admito e reconheço.

Que conselho o senhor daria aos jovens jornalistas e escritores que estão começando agora, em um mundo tão diferente daquele em que começou?

Sempre me recusei a dar conselhos. Se me pedem, talvez formule sugestões. Quanto a escolhas de profissões, acredito cada qual ter a sua vocação, chamamento. Se for vocacionado e tiver talento nada o impedirá de encontrar o caminho. No jornalismo, deve-se e pode-se aprender técnicas. Mas, se não tiver vocação e talento, não haverá como resistir a tantos esforços, sacrifícios e dificuldades exigidos. Que, porém, compensam, em havendo vocação.


Piracicaba mudou muito ao longo dessas décadas. Na sua visão, o que a cidade preservou bem da sua identidade e o que, infelizmente, se perdeu?

Mudanças, mudanças... Não há como evitá-las. O importante, porém, está em preservar o fundamental, a essência. Cidades são corpos vivos. Elas têm sua realidade física, mas, também, a espiritual. Digamos que têm alma, o espírito do lugar, de sua gente, de sua história. Piracicaba vem conseguindo manter essa – insisto em dizer – sua essência. Há algo diferenciado nela, algo singular que não sei e nem quero explicar. É a que “adoramos tanto”. Porém, sofre de novas ameaças, agora mais sérias e graves do que as anteriores ao longo desses séculos. Estamos diante de ameaça mundial, na possibilidade da utilização indevida e malévola das poderosas novas técnicas, perigosamente também na comunicação social. E outro perigo: gerações também novas a quem não temos orientado seriamente sobre a herança cultural, histórica que estão recebendo. A sabedoria milenar ainda nos adverte: “Ninguém ama aquilo que não conhece.” Prisioneiros em suas próprias casas, como que escravizados por todos os recursos tecnológicos, sinto que muitos dessa geração sequer sabem onde estão. Mas acredito no retorno: quando parece não haver saída, retorna-se. Por isso, precisaríamos voltar a “contar histórias”. Que criança, que jovem não gosta de saber quem são seus avós?

O senhor acredita que o jornalismo local ainda tem força e importância na formação da consciência da comunidade?

Acredito ser uma de suas responsabilidades, sua missão, aquela vocação profética, o levar luz. Não vejo mais qualquer necessidade de algumas áreas de comunicação – especialmente, o jornalismo impresso também no mundo virtual – em “dar notícia”. Ela, agora, é transmitida instantaneamente. Nossa missão – sinto-o assim – está em auxiliar na interpretação dos acontecimentos, na busca de entendê-los. Logo, um jornalismo investigativo, analítico, provocador de diversidade de opiniões. A população – e refiro-me mais a nós mesmos, caipiracicabanos – não pode estar submissa ao pensamento único com que os ultrapoderosos dos meios eletrônicos buscam uniformizar, massificar as pessoas. Imaginemos todos nós com os mesmos uniformes...

Em seus 85 anos de vida, houve algum desafio ou obstáculo que o senhor considera ter sido decisivo para moldar quem é hoje?

Com plena franqueza: continuo tentando moldar-me. Conheço muito mais os limites do que minhas potencialidades humanas. Mas devo ter aprendido a conviver com o medo, com o temor, pois carrego lembranças ainda da II Guerra Mundial, da bomba atômica sobre Nagazaki, que desesperava os adultos pela certeza de ser o fim do mundo. Nasci, vivi e continuo vivendo num planeta em guerra. Obviamente, isso fortalece o instinto de sobrevivência. E, por outro lado, a ditadura de Getúlio, a esperança em uma democracia fortalecida, o golpe desolador de 1964, o horror dos 21 anos de militarismo que pretendeu minar nossos valores. Sem esquecer das alterações também malévolas na economia, da inflação descontrolada, a insegurança em dormir sonhando e acordar com o pesadelo da instabilidade. Refletindo sobre isso tudo, até me assusto ao avaliar os riscos, perigos que me cercaram, a mim e a minha família. Houve, sim, uma loucura. Mas na qual acreditei.

Qual é o papel da memória — individual e coletiva — na construção da identidade de uma cidade como Piracicaba?

A memória há que ser respeito e conhecimento das heranças recebidas. Por isso, ela existe e deve ser cultivada pelos herdeiros. A memória permite-nos exercer a capacidade de escolha diante do testamento deixado. É um auxiliar fundamental para opções de vida. Todavia, a memória exige sejamos seletivos, com um mínimo de sabedoria e até mesmo de instinto. É uma complexa questão filosófica. No entanto, está em cada um de nós, além da memória coletiva dos nossos mais de 250 anos. E Piracicaba tem essa história admirável – com grandes feitos e graves erros – que são a nossa herança. Ela já tem identidade. É preciso, apenas, absorvê-la. Urge – diante desse imediatismo suicida – atentarmos à ameaça a nossos valores primordiais. Mudar, sim; sempre. Mas com cautela e responsabilidade.
O jornalismo de e em Piracicaba tem uma existência mais do que secular, pioneira. Ora, quantos jornais existem no país com 125 anos, como o Jornal de Piracicaba? Penso ser uma responsabilidade também histórica: a de ser o cão de guarda da comunidade, dessa nossa singular caipiracicabanidade.

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