
Chegamos ao final de mais um semestre de muita luta pela Educação, pelos serviços públicos, pelos direitos da classe trabalhadora e segmentos oprimidos, pela nossa querida Piracicaba e toda a região e por dezenas de outros municípios do estado de São Paulo, os quais tive a oportunidade de visitar, onde tenho apoiadores e para os quais, muitos deles, pude destinar recursos por meio de emendas parlamentares.
Como deputada estadual e também como segunda presidenta da APEOESP, o sindicato dos professores estaduais, que representa igualmente os professores dos municípios nos quais não há sindicato próprio, trabalhei arduamente todos os dias deste semestre. Tivemos uma atribuição de aulas para os professores estaduais extremamente caótica e injusta. Realizamos quatro assembleias de professores e muitas manifestações para, afinal, conseguirmos conquistar 6,27% de reajuste salarial, que é insuficiente, porém o governo nada oferecia.
Também conseguimos a abertura de negociações em torno da atribuição de aulas de 2026, a implementação de uma mesa permanente de valorização docente, que deve se reunir em breve e debaterá modificações na carreira do magistério. Conseguimos também o compromisso do governo de chamar mais 10 mil professores concursados em 2026, além dos 15 mil que estão sendo chamados para preencher as vagas que já havia sido disponibilizadas.
Na Assembleia Legislativa e fora dela, enfrentamos e ainda estamos enfrentando grandes batalhas: contra a privatização das escolas públicas, contra as escolas-cívico militares, pela aplicação dos recursos destinados à Educação, apesar da aprovação da PEC 9/2024, que retirou R$ 11 bilhões da área para supostamente serem aplicados na Saúde, o que não ocorre. Lutamos e continuamos lutando também em defesa do Instituto de Assistência Médica dos Servidores Públicos Estaduais – IAMSPE, por carreiras justas e atrativas para todos os servidores públicos, entre outas.
Nosso mandato popular, assim como a APEOESP, tem como prioridade a defesa do meio ambiente e desenvolvimento sustentável. Durante a onda de calor, lutamos firmemente pela climatização nas escolas, assim como as subsedes fizeram plantio de árvores em escolas por elas selecionadas.
Estivemos juntos com o MST e outros movimentos que lutam pela reforma agrária na tentativa de impedir a aprovação do projeto que facilita e legaliza a grilagem de terras e o que destina terras do Estado para grupos empresariais e não para o assentamento do pequeno agricultor, de forma a prover mais alimentos para as cidades. Lutamos pela população lgbt, pelos portadores de deficiência, em defesa do Procon SP e demais fundações estaduais.
Neste semestre também estivemos juntos com o PT, demais partidos de esquerda que compõem a base de apoio do governo do presidente Lula, centrais e movimentos sociais para defender os avanços econômicos, políticos e sociais do nosso país, e contra os retrocessos que a extrema direita, que tramou a tentativa do golpe de janeiro de 2023, quer impor. O Brasil precisa punir exemplarmente aqueles que tentam destruir a democracia duramente conquistada.
Nossa luta não para e estaremos sempre aqui para continuarmos defendendo os direitos e reivindicações da classe trabalhadora e da população.
Professora Bebel é deputada estadual pelo PT e segunda presidente da APEOESP.