
O impasse entre motoristas de ônibus e empresas do transporte coletivo chegou ao fim com a aprovação de um acordo salarial que garante reajuste de 7% e novos benefícios à categoria. O entendimento foi sacramentado após assembleia realizada nesta terça-feira (18), encerrando os dias de tensão que chegaram a afetar parte da população na última sexta-feira (14), com paralisação parcial e atrasos em linhas municipais.
- Clique aqui para fazer parte da comunidade da Sampi Campinas no WhatsApp e receber notícias em primeira mão.
Com a negociação finalizada, o piso salarial dos motoristas de ônibus convencional passa a ser de R$ 3.904 e o de articulado, R$ 4.059. O vale-alimentação sobe para R$ 1.190 e os trabalhadores passam a contar com bônus mensal de R$ 300, sendo R$ 200 fixos e R$ 100 atrelados a metas. O acordo também garante pagamento retroativo a 1º de maio.
A nova proposta foi aceita após pressão da categoria, que chegou a fazer protesto relâmpago na madrugada de sexta-feira, impactando usuários de linhas operadas por VB1, VB3, Campibus e Onicamp. Durante a paralisação, a Emdec precisou acionar o plano emergencial PAESE, com 23 ônibus de cooperativas para minimizar os efeitos da greve.
O Sindicato dos Rodoviários de Campinas e Região comemorou o desfecho positivo das negociações e citou conquistas acumuladas ao longo da atual gestão, como convênio médico sem coparticipação, odontológico, desconto reduzido no ticket e retomada da PLR de R$ 1 mil. “Essa luta é em prol de uma categoria que muito tem sofrido”, ressaltou a entidade em nota.
A normalização do transporte foi confirmada pela Prefeitura, e toda a frota urbana opera normalmente. O acordo também afasta o risco de novas paralisações, que haviam sido cogitadas caso não houvesse avanço na negociação.