
A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União deflagraram, nesta quarta-feira (23), uma operação para desarticular um esquema de fraudes no INSS que teria desviado até R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. Segundo as investigações, os valores eram descontados mensalmente dos benefícios sem autorização dos segurados.
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As fraudes envolviam associações que ofereciam serviços como assistência jurídica, descontos em academias e planos de saúde, mas que, de fato, não tinham estrutura para prestá-los. Para efetivar os descontos, eram utilizadas assinaturas falsificadas dos beneficiários.
De acordo com o ministro da CGU, Vinícius de Carvalho, entrevistas com 1.300 segurados revelaram que 97% não reconheceram as cobranças. Ao todo, 11 entidades foram alvos de ações judiciais e tiveram seus contratos suspensos.
Em decorrência do escândalo, o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi exonerado do cargo. O substituto ainda não foi nomeado.
Os aposentados e pensionistas podem verificar se sofreram descontos indevidos acessando o extrato de benefício no site ou aplicativo “Meu INSS”. Caso identifiquem irregularidades, é possível solicitar a exclusão das cobranças e o bloqueio de novos descontos, além de pedir ressarcimento às entidades envolvidas.
Denúncias podem ser registradas no Portal Consumidor.Gov ou na Ouvidoria do INSS, via plataforma Fala BR. O órgão também disponibiliza o e-mail acordo.mensalidade@inss.gov.br para casos de reembolso.
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1 Comentários
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Lourdes Aparecida de Miranda 24/04/2025Gostaria de saber se fui lesada