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População de Piracicaba cresce 20% e aquece mercado imobiliário

Por Erivan Monteiro | erivan.monteiro@jpjornal.com.br
| Tempo de leitura: 3 min
Will Baldine/JP
O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, destacou a parceria do Estado com Piracicaba
O vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, destacou a parceria do Estado com Piracicaba

Nos últimos 15 anos, Piracicaba cresceu praticamente três vezes mais em relação ao Estado de São Paulo e ao Brasil. Foram exatos 20,6%, entre 2010 e 2025, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que estima uma população atual de 438 mil habitantes. 

Em face desses números, o mercado imobiliário segue com expectativas muito otimistas para os próximos anos, na avaliação do Secovi-SP, para Piracicaba e região. Esse foi um dos assuntos abordados durante o encontro que reuniu representantes do setor, na sede da Acipi (Associação Comercial e Industrial de Piracicaba), nesta quarta-feira (16) à noite.

O encontro teve ainda a participação do vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, que destacou as ações que o governo estadual está fazendo para o desenvolvimento de Piracicaba e Região Metropolitana.

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O evento, que iniciou em 2013, completou 12 anos nesta edição. Só teve interrupção durante a pandemia e congregou os principais atores do mercado imobiliário da cidade: construtoras, incorporadoras, imobiliárias, administradoras de condomínios, quando receberam informações acerca do desenvolvimento do mercado.

Para Angelo Frias Neto, diretor do Secovi-SP e diretor regional do Secovi em Piracicaba, a demanda de imóveis é muito grande justamente devido a esse crescimento e também pelo fato de que a região necessita de mão de obra qualificada para empresas como Raízen, Cosan, Hyundai, Klabin e GWM, de Iracemápolis, entre outras.

“O mercado não para. Independente da economia, as pessoas precisam morar”, declarou Frias, que ainda é diretor da Acipi e diretor da ABMI (Associação Brasileira do Mercado Imobiliário).  

Outra situação que anima o setor é o fato de que há aproximadamente um déficit de habitação para 8 mil pessoas na cidade, ou seja, ainda há muito imóvel para ser produzido. “O mais básico é o que tem mais (ofertas), mas a classe média precisa também por que tem gente chegando”, analisa Frias.

Diante da alta demanda, o mercado está dinâmico, diz o diretor. “O estoque, em geral, está em torno de sete meses, considerando tanto os produtos econômicos quanto os produtos médio padrão e alto padrão. Mas se a gente tirar o econômico, acho que temos nem cinco meses de mercado para o médio e alto padrão da cidade de estoque.”

INVESTIMENTOS

Presente ao evento, o vice-governador de São Paulo, Felício Ramuth, destacou a parceria do Estado com Piracicaba para melhorar a infraestrutura na região e, consequentemente, trazer mais investimentos. 

“A gente tem vários projetos em benefício de Piracicaba. Aliás, o governador esteve recentemente visitando a Klabin; eu tive também a oportunidade de visitar a Caterpillar. Temos uma série de investimentos com o Helinho Zanatta ainda antes de ser prefeito, como deputado”, lembrou.

“Esta é uma região que tem tido um resultado de empregos e impostos cada vez maior. Piracicaba, por exemplo, teve um crescimento na arrecadação do ICMS nestes dois primeiros meses comparado com dois meses da gestão passada”, acrescentou Ramuth.

Na área habitacional, o vice-governador lembrou que a administração estadual propõe projetos, como o Minha Casa, Minha Vida e do CDHU, em parceria com o Casa Paulista e com as entidades privadas, com a Carta de Crédito, onde o Estado de São Paulo subsidia uma parte, principalmente na entrada dos empreendimentos privados.

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