A deputada estadual Professora Bebel (PT) defendeu na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) que Piracicaba deve ser “modelo para o Estado de São Paulo” na defesa do Rio Piracicaba. A fala foi feita durante a sessão em que a deputada demonstrou “preocupação com as vidas futuras” por conta das mudanças climáticas e do meio ambiente, segundo informações do gabinete da parlamentar. A parlamentar ainda defendeu que “São Paulo deve ser modelo para o Brasil no desenvolvimento de ações voltadas à emergência climática e ter um projeto de transição ecológica para o Brasil na defesa do meio ambiente”.

Saiba mais

• Reajuste de 5% para servidores de Piracicaba será pago na sexta
• Piracicaba entra em alerta de chuvas intensas e vendavais
• Usina responsabilizada por morte de peixes é ocupada pelo MST

Durante a fala, Bebel citou a ocupação feita por famílias do MST (Movimento dos Sem Terra) na Usina São José, em Rio das Pedras, como forma de chamar a atenção para a causa ambiental. A ocupação aconteceu na última segunda-feira (7), e teve como um dos objetivos chamar a atenção para a morte de mais de 250 mil peixes registrada no Rio Piracicaba em julho de 2024. A Usina São José foi citada pela Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) como local de origem de poluentes que teriam sido despejados no rio e, consequentemente, causado a morte dos peixes.

“Prestes a completar um ano da mortandade de peixes no Rio Piracicaba, as famílias de sem-terra ocuparam a Usina São José, que é a responsável pela matança dos peixes, para chamar a atenção da sociedade e foram tratados de forma truculenta pela Polícia Militar. No entanto, se deslocaram para a Praça José Bonifácio, em Piracicaba, e realizaram um ato público pacífico, denunciando a situação, pedindo justiça e a desapropriação das terras da usina que não pagou pelos danos ambientais causados”, disse a deputada. Bebel também citou que diante das mudanças climáticas, as escolas da rede estadual de ensino precisam ser climatizadas, para garantir ambientes agradáveis tanto para estudantes como professores.

Para cobrar ações do governo estadual contra os efeitos das mudanças climáticas e, também, cobrar o reajuste salarial dos professores da rede estadual de ensino, a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) vão se reunir para uma assembleia geral no próximo dia 25 de abril. A manifestação será na Praça da República, na cidade de São Paulo, em frente à Secretaria Estadual da Educação. “Os professores precisam ser valorizados e respeitados, mas até agora o governo não abriu negociação e não enviou nenhuma proposta de reajuste salarial à categoria para ser apreciada pela Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo”, criticou a deputada.