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Mais saúde para estudar

da Redação
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A maioria das crianças e adolescentes do país já voltou às aulas
A maioria das crianças e adolescentes do país já voltou às aulas

A maioria das crianças e adolescentes do país já voltou às aulas. Para ajudar os pais a organizarem a rotina nesse período de adaptação, a reportagem preparou um guia com dicas que vão desde o peso da mochila até a prevenção da dengue. Confira a seguir.

Mochila

A volta às aulas geralmente traz uma extensa lista de materiais que vão acompanhar a criança no ano letivo. Uma preocupação legítima de muitos pais e mães é o transporte desses objetos no dia a dia.

Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), uma mochila excessivamente pesada ou utilizada de forma incorreta pode causar problemas que surgem não apenas na infância, mas também na vida adulta. Por isso, a primeira recomendação da SBOT é limitar o peso da mochila a 10% do peso da criança. Se ela pesa 28 kg, por exemplo, o máximo que pode carregar é 2,8 kg.

É importante ressaltar que o cálculo deve ser feito com base no peso ideal para a altura da criança. Jovens com obesidade, por exemplo, terão um número maior na balança, mas a coluna não suporta um volume superior ao de colegas da mesma idade e altura mas com peso menor. Além disso, as orientações são para crianças sem queixas preexistentes.

Outras dicas incluem: optar por mochilas com alças largas, de no mínimo 4cm, e acolchoadas; orientar a criança a nunca carregar a mochila em uma única alça; ajustar as alças para que fiquem bem encostadas no corpo, com a base da mochila cinco centímetros acima da linha da cintura; preferir modelos com cinto abdominal; garantir que o comprimento da mochila nunca seja superior ao do tronco da criança. Caso não seja possível adequar o peso da mochila, a melhor opção é trocar por uma de rodinhas.

Lancheira

Preparar a lancheira diariamente pode ser um desafio em termos de cardápio. A nutricionista funcional infantil Josiele da Luz, do Rio Grande do Sul, recomenda variar ao máximo.

Mandar sempre as mesmas frutas pode contribuir para que a criança limite seu paladar. Recomendo revezar três tipos diferentes de frutas por semana e, se possível, trocar por novas opções na semana seguinte.

Embora seja mais prático enviar frutas inteiras, as crianças tendem a comer mais quando a fruta está picada. No entanto, isso exige mais cuidado. Algumas frutas, como banana, maçã e pera, escurecem quando picadas. A boa notícia é que há uma solução para evitar isso: deixar as frutas já picadas submersas por 15 minutos no suco de laranja espremido na hora.

Outro ponto a ser considerado é o armazenamento. Frutas picadas ficam mais perecíveis. Para manter o sabor, a textura e a qualidade entre o preparo e a hora do lanche, o ideal é cortá-las o mais próximo possível do horário da aula.

Devido ao calor intenso nesta época do ano, a nutricionista Priscilla Primi recomenda evitar enviar produtos perecíveis, como iogurtes, lanches com embutidos e queijo fresco, principalmente se forem passar muitas horas entre o preparo do lanche e o consumo.

A alternativa é optar por alimentos mais secos, que podem ser preparados em casa, como muffin de aveia com uva-passa, chocolate meio amargo ou frutas, cookies de aveia, banana amassada com mel e sanduíches de atum ou frango desfiado. Usar potes térmicos, uma lancheira térmica e incluir uma bolsa de gel congelada ajuda a manter os alimentos em temperatura adequada.

Hidratação

Em períodos de calor intenso, é essencial que crianças e adolescentes se mantenham hidratados. Crianças entre 1 e 3 anos devem consumir cerca de 1,3 litro de líquidos por dia. Entre 4 e 8 anos, a recomendação é de 1,7 litro diário. Já entre 9 e 13 anos, meninas devem ingerir 2,1 litros/dia e meninos, 2,4 litros por dia.

Para ajudar a alcançar essa meta, recomenda-se colocar uma garrafa térmica de água na mochila da escola. Incluir frutas como uva, laranja, melão e melancia nos lanches também contribui para a hidratação.

Sono

Um sono adequado e de qualidade é fundamental não apenas para o desenvolvimento da criança, mas também para o aprendizado. Crianças em idade pré-escolar (3 a 5 anos) precisam dormir de 10 a 13 horas por dia, incluindo as sonecas. Dos 6 aos 12 anos, a recomendação é de 9 a 12 horas de sono diárias, e dos 13 aos 18 anos, de 8 a 10 horas.

Boa higiene do sono

Confira as principais recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP): criar um ambiente calmo e tranquilo para induzir o sono; estabelecer uma rotina noturna agradável, como ler histórias ou ouvir música calma; manter um horário fixo para dormir e acordar; desligar dispositivos eletrônicos e reduzir as luzes duas horas antes de dormir; evitar bebidas estimulantes próximas ao horário de descanso.

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