
Uma alimentação saudável desempenha um papel fundamental na prevenção de doenças graves, incluindo doenças mentais, como o Alzheimer. Além de adotar hábitos alimentares adequados, manter a mente ativa, ter uma vida social ativa e praticar exercícios físicos regularmente são fatores que ajudam a retardar ou até evitar o desenvolvimento de condições como o Alzheimer, que afeta a memória, o comportamento e a cognição, dificultando as atividades diárias e frequentemente associada à demência. O Alzheimer é a principal causa de demência, responsável por 60% a 80% dos casos, afetando cerca de 1,2 milhão de brasileiros, principalmente idosos entre 65 e 85 anos.
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Pesquisas recentes indicam que dietas saudáveis podem reduzir o risco de demência. Um estudo publicado na revista BMC Magazine, conduzido pela Universidade de Newcastle, no Reino Unido, com 60 mil participantes, revelou que aqueles que adotaram a Dieta Mediterrânea apresentaram 23% menos risco de desenvolver demência cerebral.
Além disso, um estudo publicado pela Associação Americana de Neurologia mostrou que essa dieta está relacionada à diminuição da formação de placas amiloides no cérebro, o que reduz as chances de desenvolver Alzheimer. Os participantes que seguiram a dieta apresentaram uma média de placas cerebrais equivalente a 18 anos a menos em comparação aos que não adotaram essa alimentação.
A Dieta Mediterrânea é rica em vegetais, especialmente os de folhas verde-escuras, frutas, feijões, oleaginosas como nozes e castanhas, grãos integrais e azeite de oliva. A nutricionista Thaís de Brito explica que, quando combinada com atividade física e estimulação cognitiva, uma alimentação saudável pode ser crucial para a prevenção ou redução da demência na terceira idade.
Alimentos ricos em gorduras saudáveis, como azeite de oliva, ovos, peixes e oleaginosas, favorecem a produção de corpos cetônicos no fígado, que substituem a glicose como fonte de energia e estimulam neurotransmissores benéficos para o cérebro. Thaís ainda alerta para os danos dos alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, sal e açúcar, que geram toxinas prejudiciais ao cérebro e estão associados ao envelhecimento precoce.
Alimentos recomendados e seus benefícios:
- Azeite de oliva: Contém antioxidantes que protegem as células cerebrais, reduzem o envelhecimento precoce e aumentam o colesterol bom (HDL).
- Legumes: Com compostos bioativos que protegem o cérebro. Consuma uma xícara diária de vegetais como beterraba, abobrinha e cenoura.
- Peixes: Ricos em ômega-3, melhoram a função dos neurotransmissores e aumentam a massa cinzenta cerebral. Os mais indicados são atum e salmão, preferencialmente assados ou grelhados.
- Nozes: Ajudam a proteger o cérebro contra estresse oxidativo e inflamação, prevenindo distúrbios cerebrais.
- Frutas: Morangos, amoras, framboesas, maçãs e bananas são ricas em flavonoides, que auxiliam na manutenção da função cognitiva e na redução do risco de Alzheimer.
- Chá verde: Rico em catequinas, com efeito neuroprotetor que pode retardar a atrofia cerebral associada à idade.
- Folhas verdes escuras: Ricas em folato (vitamina B9), essas folhas ajudam a melhorar a capacidade cognitiva e a saúde mental.