ARTIGO

Muros de proteção


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Hoje vamos conversar um pouco sobre a dor da rejeição e em especial a dor da rejeição emocional. E esta é uma das piores dores que uma pessoa pode sentir. Quando alguém sente que foi rejeitado, há uma intensa dor emocional! Machuca muito. Creio que costumamos nos esforçar mais arduamente para evitar a dor emocional do que a dor física. Portanto, construímos muitos sistemas de defesa elaborados para proteger nossas emoções da dor da rejeição. Muros autoconstruídos são um desses sistemas de defesa. Colocamos um muro invisível (mas real) entre nós e qualquer um que possa ser capaz de nos ferir.

Uma vez escutei de uma moça que ela finalmente percebeu que por anos vinha tentando manter as pessoas fora da vida dela, simplesmente porque tinha medo da rejeição. Disse que ao ver uma pessoa conhecida no supermercado fingia não tê-la visto e saia rapidamente. Disse então, que tinha medo de dizer algo para essa pessoa e se sentir rejeitada. Minha resposta para ela foi a seguinte: veja bem, o “maligno” trabalha de muitas formas diferentes para roubar sua liberdade e sua alegria. Essas duas coisas andam juntas! Se o “maligno” rouba sua liberdade, ele rouba sua alegria.

Você terminará vivendo dentro de uma caixa, sempre tentando fazer o que pensa ser aceitável para todos...nunca sendo dirigida pelo Espírito Santo dentro de você! Ai preferi me aprofundar um pouco mais e explicar qual o significado da rejeição. A palavra rejeição não significa ser descartado, ser desprezado como não tendo algum valor. Ser rejeitado significa ouvir: “Eu não quero você... Você não tem valor! Você não é o que eu quero! Você não é certo! O que acontece para uma pessoa nessa situação é muito doloroso. Não fomos criados para sermos rejeitados. Fomos criados para sermos aceitos, amados e apreciados. E acreditem a rejeição, principalmente vinda dos pais, mesmo que esses nem se deem conta disso, é catastrófica na vida dos filhos.

A rejeição atinge a todos. Não creio que haja alguém, em algum lugar, que não tenha sido atacado por esse sentimento. Você pode se considerar um afortunado se teve pais que realmente sabiam o que estavam fazendo em relação a sua criação e educação. Pais que a despeito de qualquer coisa que você fizesse soubessem lhe ensinar o seu valor ou mesmo em relação a não se importar com que as pessoas pensassem sobre você.

Se você tem uma personalidade que não seja extremamente sensível, se é capaz de lançar seus cuidados ao todo poderoso e ignorar as coisas facilmente, isso também é uma vantagem enorme na sua vida. Com esse tipo de comportamento, os ataques de rejeição podem ferir você, mas não te derrubar ou te perturbar por mais de cinco minutos. Mas há poucas pessoas que tem esse tipo de personalidade, a maioria perde seu precioso tempo com esse sentimento e buscam o tempo todo vestir um personagem para agradar a todos e se esquecem de satisfazer a si mesmos.

Temos que entender que a maioria das pessoas foi criada por pais que, embora fizessem o melhor que sabiam, eles já tinham uma raiz de rejeição em sua própria vida. Eles não sabiam outra coisa a não ser passar isso para os filhos.

A maioria das pessoas nem sabe como separar aquilo que alguém “é” daquilo que essa pessoa “faz” Uma criança derrama um copo de leite e seus pais dizem: “Menino (a) ruim!” E assim a criança não tem escolha a não ser pensar que toda vez que ela faz algo ruim, ela é ruim. Em contrapartia é maravilhoso quando pais desenvolvem uma confiança divina em seus filhos, tornando-os pessoas fortes, como já disse isso é raro, porém com a conscientização (que é exatamente o meu objetivo com este artigo), é possível mudar, ajustar a forma de educação e melhorar exponencialmente o sentir de nossos filhos! Mãos a obra, aja agora mesmo diferente do que você vem agindo e desenvolva sentimentos preciosos em seus filhos agora mesmo.

Com carinho, Fabiane Fischer

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