A Raízen informou, em comunicado aos acionistas e ao mercado financeiro em geral, que a planta de Piracicaba deixará de produzir etanol de segunda geração (E2G). A interrupção da produção acontecerá a partir da próxima safra, que começa no dia 1° de abril de 2025. A planta piloto fica no Parque de Bioenergia da Costa Pinto, conhecida como Copi. Segundo o comunicado, a planta terá “sua operação recorrente descontinuada e passará a operar como uma unidade dedicada a testes e futuros desenvolvimentos do biocombustível”. A planta começou a operar em 2015.
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“Inaugurada em 2015, a Copi passou por diversas transformações para aprimoramentos e desenvolvimento da tecnologia de produção de E2G, que foi replicada em escala comercial em Bonfim, que já está operacional, e nas plantas Univalem e Barra, que estão em fase de comissionamento e iniciarão operação após obtenção das autorizações necessárias”, cita o comunicado, assinado por Rafael Bergman, CFO e diretor de relações com investidores da empresa.
A planta de Piracicaba foi a primeira planta de produção do etanol 2G no Brasil, e foi inaugurada em 2015. A unidade foi construída em uma área de 30 mil metros quadrados e tem capacidade para produzir 42 milhões de litros de etanol por ano. A fábrica custou R$ 237 milhões e parte do recurso usado veio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O que é Etanol 2G
O etanol 2G, também conhecido como etanol celulósico, é um biocombustível produzido a partir de resíduos da produção de etanol e açúcar. Esses resíduos são ricos em biomassa vegetal lignocelulósica, e é considerado um combustível limpo, com baixas emissões de gases de efeito estufa. Ele pode ser usado em diversas aplicações, como combustível marítimo e hidrogênio verde.