O sapo-cururu fêmea que havia sido encontrado com a boca colada no Rio Grande do Sul e precisou passar por cirurgia, no Hospital Veterinário da Universidade de Passo Fundo (UPF), não resistiu aos ferimentos e morreu na noite deste domingo, 15.
O anfíbio - uma fêmea - foi localizado por uma moradora da cidade de Passo Fundo e levado à equipe veterinária da universidade. Além da boca colada, foi necessário remover objetos encontrados em seu estômago.
Como foi encontrado cabelo e outros materiais no estômago do sapo, o Ministério Público apura se o anfíbio foi submetido a algum tipo de ritual macabro.
Conforme o promotor de Justiça do Meio Ambiente da cidade, Paulo Cirne, “é uma forma de ritual, situação já verificada em outras cidades, mas pela primeira vez em Passo Fundo. Uma prática considerada maus-tratos, já que o animal, se não fosse atendido, iria a óbito. Então, o MPRS vai averiguar a situação”.
Cirne reforça que “é um fato difícil de identificar a autoria, porém, é muito importante a divulgação desses casos para que todos saibam que isso caracteriza crime de maus-tratos previsto na Lei 9.605/98, com pena prevista de três meses a um ano de prisão e multa. O fato será alvo de investigação e, caso se chegue à autoria, essa pessoa responderá a um processo criminal”.
