Um hábito peculiar e altamente perigoso tem chamado atenção nas redes sociais: fumar escorpião. Inusitada e alarmante, essa prática, que surgiu como tendência em países do Oriente Médio, vem ganhando notoriedade global e levantando graves preocupações sobre os riscos à saúde.
O sociólogo David MacDonald, no livro Drugs in Afghanistan, publicado em 2007, já descrevia os efeitos dessa prática. Segundo ele, o impacto da fumaça do escorpião é imediato e intenso: olhos e rosto ficam avermelhados, o indivíduo aparenta intoxicação severa, mas permanece alerta, embora desorientado. O efeito, que ele comparou ao uso de haxixe, é mais prolongado e pode durar dias, semelhante ao de substâncias alucinógenas como a mescalina.
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Para o consumo, o escorpião é primeiro seco ao sol e, em seguida, queimado em carvão. A fumaça resultante, especialmente da cauda, que concentra o veneno, é inalada. Essa etapa é o que torna a prática ainda mais letal, pois o veneno dos escorpiões é extremamente tóxico para o cérebro humano.
Entre as 1.750 espécies de escorpiões conhecidas, pelo menos 25 têm veneno fatal para humanos, tornando o vício não apenas perigoso, mas potencialmente letal. Especialistas alertam que, além dos danos imediatos, como alucinações severas e intoxicação, o hábito pode causar consequências neurológicas irreversíveis e até a morte.
Apesar do fascínio bizarro que esse tipo de prática pode despertar, as autoridades e especialistas reforçam que é um risco extremo para quem a adota e um alerta para os perigos do desespero em busca de novas formas de euforia.