Recentemente, um estudo publicado pela renomada revista The Lancet intitulado “National-level and state-level prevalence of overweight and obesity among children, adolescents, and adults in the USA, 1990–2021, and forecasts up to 2050, 2024.” trouxe à tona uma notícia alarmante: a obesidade e o sobrepeso estão se espalhando de forma incontrolável em todas as faixas etárias. Os números são claros e assustadores. Tudo bem, o estudo foi feito nos Estados Unidos, mas a nossa realidade no Brasil não é diferente.
Entre crianças de 5 a 14 anos, 36,2% dos meninos e 37,2% das meninas já enfrentam o sobrepeso ou obesidade. O quadro se agrava na adolescência, quando a prevalência sobe para 46,7% entre rapazes e 50,8% entre moças de 15 a 24 anos. No entanto, o dado mais impressionante é observado nos adultos: 75,9% dos homens e 72,6% das mulheres acima de 25 anos estão com sobrepeso ou obesidade. Mas volto a falar, no Brasil não é diferente, é só andar nas ruas.
Essas estatísticas não são apenas números. Elas representam vidas impactadas por uma condição que afeta profundamente a saúde física e mental. A obesidade não é uma questão estética embora a gente ache pessoas que a defenda; é um fator de risco para doenças crônicas que comprometem a qualidade e a expectativa de vida. Entre os problemas mais comuns, destacam-se a hipertensão arterial, o diabetes tipo 2, as doenças hepáticas e renais, os infartos do miocárdio, os acidentes vasculares cerebrais (AVCs), além de distúrbios de saúde mental, como ansiedade e depressão.
A questão é clara: não podemos mais ignorar essa pandemia silenciosa. Governos não tem a noção ou fazem vistas grossas do impacto que a obesidade e sedentarismo tem aos gastos públicos. A obesidade já se tornou um problema de saúde pública global, e suas consequências sobrecarregam os sistemas de saúde, aumentam os custos médicos e reduzem a produtividade das pessoas.
Mas para mudar esta realidade, a prevenção começa com a informação. É fundamental que crianças, jovens e adultos entendam a importância de uma alimentação equilibrada e da prática regular de exercícios físicos. Nas escolas, programas de educação nutricional podem ajudar a formar hábitos saudáveis desde cedo, enquanto campanhas públicas podem conscientizar a população sobre os riscos associados ao excesso de peso.
Governos deveriam investir para que as pessoas adotem um estilo de vida ativo para o controle do peso corporal. A prática regular de atividades físicas, como caminhadas, corridas, natação ou exercícios funcionais, não só ajuda a perder peso, mas também melhora a saúde cardiovascular, fortalece o sistema imunológico e reduz os níveis de estresse. Além disso deveria se investir em acesso a alimentos saudáveis, que regulem a publicidade de produtos ultra processados voltados para crianças e que incentivem a criação de espaços públicos para a prática de atividades físicas. Isso deveria ser feito principalmente nas periferias e em pessoas carentes que são as que menos tem acesso a informação de qualidade a alimentação adequada.
A obesidade é uma doença crônica que não pode mais ser ignorada. É uma pandemia que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, e o Brasil não está imune a essa crise. Nem nossa Piracicaba com toda a nossa riqueza. Precisamos agir imediatamente para reverter essa tendência e garantir uma vida mais saudável para as futuras gerações.
Cada escolha conta. Cada passo em direção a um estilo de vida mais saudável pode ser o início de uma transformação que beneficia não apenas o indivíduo, mas toda a sociedade. Eu faço minha parte aqui! Espalhe esta mensagem! Afinal, a saúde é o nosso bem mais precioso. Todos sabemos disso! Até a próxima!