A segunda presidente da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) e deputada estadual, Professora Bebel (PT), afirmou que a entidade não descarta uma greve de professores e profissionais da educação contra o corte de verbas que pode acontecer na Educação caso a PEC 09/2023, do Executivo estadual, seja aprovada. A PEC pretende diminuir o repasse do orçamento estadual para a educação de 30% para 25%, o que, segundo a deputada, causaria um corte de R$ 10 bilhões ao ano na educação.
A Apeoesp cita que, também, pretende ir à Justiça contra a PEC. A declaração foi dada durante a sessão da Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) na última terça-feira (13), após a Casa ter aprovado por 60 votos a 24 o projeto do governador Tarcísio de Freitas.
O corte de recursos proposto pelo governador Tarcísio de Freitas, segundo Bebel, irá atingir toda educação estadual, desde o ensino fundamental até a pós-graduação. “Hoje vivemos mais uma página vergonhosa na história da Assembleia Legislativa de São Paulo. Sessenta deputados da base de apoio do governador neoliberal de extrema direita Tarcísio de Freitas aprovaram em primeiro turno o confisco de R$ 10 bilhões da educação pública paulista”, disse Bebel. O governo precisava de, pelo menos, 57 votos para a aprovação do projeto.”Continuamos na luta e vamos até o fim, juntamente com todos os profissionais da educação, com os estudantes, como os movimentos sociais, mobilizados em todos os espaços. E iremos recorrer, evidentemente, ao poder judiciário contra esse ataque à escola pública e aos direitos educacionais de nossas crianças e jovens”, escreveu em suas redes sociais.
“Sim, vamos construir a greve das professoras e dos professores, contra o autoritarismo deste governo, assédio moral, empobrecimento do currículo, redução de verbas, desvalorização profissional, militarização, mercantilização, escolas cívico-militares e tantos outros ataques”, completa.
“Teremos ainda seis horas de discussão e a votação em segundo turno. Nossa mobilização será dentro da Alesp e em todo o estado de São Paulo. Barramos a implantação das escolas cívico-militares e podemos também barrar mais esse ataque à educação pelo governador Tarcísio e seu secretário Renato Feder”, finalizou.