Sem dúvida, muitos irão “torcer o nariz” para o título desse artigo. Compreendo, mas me acompanhe nessa reflexão e você terá grandes chances de mudar esta visão distorcida que muitos tem de si mesmo e da vida.
Vamos começar lembrando que uma das áreas de maior destaque na neurociência hoje trata da forma como o cérebro se comunica, qual sua linguagem e as consequências dela, porque nossos pensamentos geram emoções e estas geram comportamentos. Está aí o processo que dá origem a tudo. Agora pensa comigo: quem comanda esse processo é o cérebro, mas quem comanda o cérebro é você! E provo: você é agora o que pensou até esse momento e será amanhã o que está pensando hoje e assim por diante... Portanto, somos nós mesmos que construímos nossos círculos viciosos ou virtuosos. Somos nós - independente de nossa condição - que determinamos nossa vida pelas nossas decisões!
Medos, traumas, preocupações, dúvidas, dificuldades e “travas” na vida adulta tem sua origem principalmente na nossa infância e ficam escondidos e bem registrados em nosso inconsciente. Não sabemos lidar com isso e, então, sofremos e jogamos fora inúmeras oportunidades pessoais e profissionais por conta disso.
Olhar para dentro e “despertar” é o primeiro passo para uma vida nova. Daí para frente é só utilizar as ferramentas certas para um pleno desenvolvimento emocional e, consequentemente, para uma vida destravada e feliz.
Uma das ferramentas poderosas para esta “transformação” começar, é desaprender muito do que aprendemos. Sim, um paradoxo eficaz e positivo neste trabalho, que pode até parecer difícil, mas perfeitamente possível.
Muitos chamam estes registros inconscientes de “crenças limitantes”, que são adquiridas ao longo da vida e temos a missão de trocá-las por aquilo que realmente faz parte de nossa essência. Além disso, cenários mentais negativos devem ser gerenciados e "amigavelmente" trocados por trilhas positivas, através do autoconhecimento, desvendando e ressignificando, numa verdadeira e restauradora limpeza psíquica.
Carlos Drummond de Andrade nos ajuda a avançar nesse raciocínio, com sua frase: “Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade”.
Será que não estamos buscando motivos demais para sermos felizes? Ou buscando a felicidade onde ela não está ou onde não está nossa essência?
Aliás, o que é felicidade para você? Esse “conceito” também precisa estar claro. Sabemos que ela não é algo que temos o tempo todo, pois a vida não nos oferece apenas isso, claro, mas quanto mais momentos e sentimentos felizes tivermos em nossa trajetória, mais feliz seremos.
Lembre-se: somos agora o que pensamos antes. E não tenha dúvida, pensamentos bons nos trazem emoções boas e estas nos fazem agir na mesma sintonia. Mas o contrário também...
Lógico que estar com pessoas que nos ajudam neste processo é importante e buscar ajuda profissional em muitos casos é imprescindível. Conviver com pessoas negativas ou que de alguma forma nos levam “para baixo”, vai ser um poderoso inibidor do nosso crescimento e de qualquer atitude de mudança, além de poder nos causar coisas ainda piores.
Mas se você ainda tem dificuldade ou dúvida, tente começar a dizer para si mesmo: “Vai dar certo. Eu posso. Vou fazer acontecer”. Quando agimos assim, nosso cérebro se abre e começa a buscar as soluções. E elas aparecem!
“Quem olha para fora sonha, quem olha para dentro desperta”. Adianto que essa frase de Carl Jung é o primeiro passo para você começar a se “acertar” de uma vez com essa tal felicidade...
