O réu Anderson Arruda Fortunato foi condenado a 90 anos e 8 meses de prisão pelo Tribunal do Júri de Piracicaba por três homicídios consumados e três tentativas de homicídio, com qualificadoras de motivo torpe e uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas. A sentença inclui ainda ocultação de cadáver e corrupção de menores. O julgamento ocorreu no dia 8 deste mês.
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Os crimes ocorreram em 16 de junho de 2018, quando o réu e um comparsa executaram uma série de atos violentos que culminaram na morte de Rafael Martins da Silva, Thiago Bernardinelli e Bamuriel Mandro Tobias.
De acordo com a acusação, os crimes foram motivados por uma dívida relacionada ao tráfico de drogas. Naquela noite, Rafael, Thiago e Bamuriel foram levados para um local ermo na Rua Antônio Bérgamo, no bairro Guamium. Lá, foram subjugados, ameaçados e executados a tiros. O histórico do caso revela que no local covas foram cavadas para ocultar os corpos. Além das mortes, outras quatro vítimas foram alvejadas, mas sobreviveram aos disparos.
Durante o julgamento, o Ministério Público apresentou provas incluindo depoimentos de testemunhas e evidências que confirmaram a ligação dos réus com o tráfico de drogas. As qualificadoras de motivo torpe e recurso que dificultou a defesa foram aceitas pelos jurados.
Além disso, o réu foi condenado por ocultação de cadáver e por ter envolvido um adolescente nos crimes, o que caracterizou corrupção de menores.
Ao final do julgamento, o Tribunal do Júri reconheceu a autoria dos crimes e rejeitou os pedidos de absolvição do acusado. A decisão é de primeira instância e o réu pode recorrer.