A Simap (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Meio Ambiente) de Piracicaba, em parceria com a AES Brasil, realiza nesta sexta-feira (4), uma ação de soltura de 60 mil alevinos de pacu-guaçu juvenis no Rio Piracicaba. A ação acontece a partir das 10h em uma área do condomínio Tamanduá, em Santa Maria da Serra.
O local, segundo a AES, é um dos pontos autorizados pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente para a ação, pois apresenta boas condições ambientais para a sobrevivência dos peixes, que vão contribuir com o repovoamento do rio. O pacu-guaçu é um peixe nativo da bacia do Rio Piracicaba e pode chegar a 20 quilos quando adulto.
A soltura acontece três meses após o desastre ambiental que atingiu o rio Piracicaba e a região do Tanquã e causou a morte de toneladas de peixes em julho, após descarte de resíduos da cana-de-açúcar pela Usina São José, de Rio das Pedras, que foi multada pela Cetesb em R$ R$ 18 milhões. À época, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), Polícia Militar Ambiental e Defesa Civil Estadual, foram retirados cerca de 100 toneladas de resíduos do Rio Piracicaba na área do Tanquã, contando peixes mortos, lixo e plantas aquáticas.
A Prefeitura de Piracicaba, por meio de suas secretarias e do Semae, agiu rápido quando tomou conhecimento da mortandade dos peixes, em 7 de agosto, acionando a Cetesb, que identificou os culpados. Com a morte de toneladas de peixes, que ficaram parados nas margens do Piracicaba e nas ilhas de vegetação do Tanquã, a Prefeitura deu início a uma operação emergencial para retirada desses peixes.
A soltura de alevinos tem, ainda, como parceiros o Instituto Beira Rio, SOS Rio Piracicaba, Remo Piracicaba, Escoteiros São Mário, Ascapi (Associação de Canoagem de Piracicaba), Pira no Ploogin, Aperp (Associação dos Pescadores Esportivos do Rio Piracicaba), Na Pegada Ambiental, Cecília Hadadd, Unipira, Ama Nova Piracicaba e Prefeitura de Santa Maria da Serra.