ARTIGO

O Poder do Exercício Físico vai muito além do que se vê


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Vocês já sabem meus caros leitores que a prática regular de atividades físicas já é amplamente reconhecida como uma aliada fundamental na prevenção de doenças crônicas e no aumento da expectativa de vida. No entanto, os mecanismos pelos quais o exercício atua no organismo vão além da melhora cardiovascular e da perda de peso. Recentemente, um estudo publicado na revista Nature intitulado “Cellular Study Uncovers 'Whole-Body' Impacts of Endurance Exercise
“revelou como o exercício impacta diretamente as células e moléculas em diversos órgãos do corpo. As descobertas sugerem que o exercício pode ser muito mais complexo e benéfico do que se imaginava, abrindo novas perspectivas para o tratamento e a prevenção de diversas condições de saúde.
A gente sabe que os exercícios além do potencial de emagrecer, tratar doenças tem também o papel modificar a expressão genética e molecular desses tecidos, influenciando diretamente o sistema imunológico e controlando inflamações associadas a doenças crônicas. Já falei da miocina anteriormente, mas vamos além disso.
Essas mudanças celulares e moleculares podem explicar, por exemplo, como o fígado se torna menos propenso ao acúmulo de gordura durante a prática regular de exercícios, o que pode ter implicações diretas no desenvolvimento de tratamentos para a doença hepática gordurosa não alcoólica. Isso reforça a ideia de que o exercício físico não apenas promove o bem-estar geral, mas também é uma ferramenta terapêutica poderosa.
Um dos aspectos mais intrigantes do estudo foi a descoberta de que a glândula adrenal, responsável pela produção de hormônios como o cortisol, é particularmente afetada pelo exercício físico. O cortisol é um dos responsável pelo estresse nas pessoas.  Essas alterações hormonais têm o potencial de regular processos fundamentais como a resposta imunológica, o metabolismo e até mesmo a pressão arterial. Em termos práticos, isso significa que a atividade física regular pode ajudar a controlar o estresse e melhorar a capacidade do corpo de combater infecções. Esta estressado ou estressada, vá correr ou vá para uma academia! 
Os cientistas envolvidos no projeto acreditam que essas descobertas abrirão caminho para o desenvolvimento de tratamentos que imitem os efeitos do exercício físico para aqueles que não podem se exercitar devido a limitações físicas. Será que em breve teremos a pílula do exercício? Além disso, eles vislumbram a possibilidade de adaptar programas de exercícios de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, levando em consideração condições pré-existentes e a resposta do organismo aos treinos.
O conceito de "exercício como remédio" está cada vez mais próximo de se tornar realidade. Exercício e alimentação como remédio são as vertentes do futuro. 
Estudos adicionais estão em andamento para investigar os efeitos do exercício em diferentes fases da vida, incluindo jovens e idosos, homens e mulheres, além de explorar os impactos de sessões curtas de exercícios e sessões longas. Cada vez mais a ciência mostrando que o exercício pode ir muito além do que já vemos e talvez imaginamos! Por isso, foca na endorfina! Até a próxima!

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