A energia do futuro é a renovável, advinda de fontes sustentáveis e limpas, com o desenvolvimento de novas tecnologias e baixa emissão de poluentes, de modo a preservar o planeta e tornar mais saudável a vida humana.
Para atingirmos esses objetivos, antes de mais nada precisamos entender o que é transição energética, a qual decorre da substituição gradual do combustível fóssil, como o carvão e o petróleo, por outras formas de energia sustentável como a solar, a eólica, os biocombustíveis, o biogás, o biometano, e o hidrogênio verde (H2V). Ainda são apontadas a energia geotérmica, que utiliza do calor proveniente do interior da terra, a maremotriz e a ondomotriz, que usam o movimento das marés e das correntes marítimas, e das ondas do mar, respectivamente.
A transição energética tem como finalidade diminuir a emissão de carbono na atmosfera e assim reduzir o efeito estufa que é prejudicial ao nosso planeta. Além disso, por ser sustentável, ela permite melhora na segurança energética, o que nos possibilita a tranquilidade de que não faltará energia, atacando o problema de escassez a que está sujeita a energia proveniente de combustíveis fósseis. Assim, existem ganhos significativos com a redução da poluição e a preservação do meio ambiente.
É evidente que a transição energética não pode ser realizada da noite para o dia, pois ainda dependemos de muitos produtos derivados do petróleo como o gás e o diesel. A substituição deve ser pensada para atender critérios de eficiência e de viabilização dos custos envolvidos. Por isso, a transição deve ser planejada de modo gradual e sustentável.
Vale lembrar que o Brasil é um dos países que mais responde por grande avanço nessa área. A matriz energética brasileira já tem a capacidade de ser 84% renovável. Nos últimos anos o país cresceu muito em termos de energia solar e eólica.
A diversificação das matrizes energéticas pode trazer desenvolvimento econômico, com a criação dos chamados "empregos verdes" e com a geração de novas tecnologias energéticas que podem trazer avanços em outras áreas. Assim, a transição energética é uma tendência do futuro que deve ser incorporada no plano estratégico das cidades que estarão à frente desse importante processo de evolução.
Piracicaba já é pioneira em energia proveniente da biomassa da cana-de-açúcar, com a queima do bagaço da cana em caldeiras para a geração de eletricidade e a produção de biocombustíveis como o etanol.
Além disso, Piracicaba é uma cidade privilegiada pela incidência do sol, dispondo de matéria-prima abundante para formar um polo de energia solar, devido à alta incidência de radiação solar durante o ano.
Estima-se que a energia solar é equivalente a 17,4% da produção de energia nacional, sendo responsável hoje por mais de R$ 195 bilhões de novos investimentos no Brasil e mais de 1,2 milhão de empregos.
Estudiosos apontam que a produção de energia solar fotovoltaica assumirá a maior importância dentre todas as renováveis, com grandes economias ao consumidor, que gera a sua própria energia. Nesse cenário, destaca-se o potencial de crescimento da energia solar em nosso município.
Piracicaba deve ter um plano de desenvolvimento de formas de energia renováveis, com participação ativa do poder público da cidade. A Câmara Municipal precisa adotar políticas públicas que promovam a transição energética e incentivem a produção de energias renováveis, colocando Piracicaba na fronteira do desenvolvimento verde, com geração de empregos e de economia energética para os piracicabanos.