LAVAGEM DE DINHEIRO

Justiça concede prisão domiciliar a Deolane Bezerra; entenda caso

Por Da Redação | Jornal de Piracicaba
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Folhapress
Divulgação/Instagram

O TJ-PE (Tribunal de Justiça de Pernambuco) concedeu nesta segunda-feira (9) prisão domiciliar à advogada e influenciadora Deolane Bezerra, de acordo com o advogado o Carlos Barros, que a defende. O TJ-PE não confirmou a informação oficialmente e alegou que o processo tramita em segrego de Justiça.

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"Por enquanto, nosso trabalho é para que ela saia da prisão o quanto antes. Outras questões vamos avaliar depois", disse Barros. A mãe de Deolane, Solange Alves, seguirá presa na Colônia Penal Feminina do Recife. Em mensagem escrita na prisão e divulgada em suas redes sociais neste domingo (8), Deolane voltou a dizer que é inocente e que não há "uma prova sequer" contra ela. A influencer está presa por suspeita de envolvimento em uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais e lavagem de dinheiro e que teria movimentado quase R$ 3 bilhões.

"Olha eu aqui de novo, tá demorando, né?", diz ela no início da carta, em que agradece o apoio de seus seguidores e afirma que, como "operadora do direito", aguarda os prazos da Justiça. Deolane e a mãe foram presas na quarta-feira (4) na operação Integration, deflagrada na capital pernambucana e em outros quatro estados.

Conhecida como Dra. Deolane, ela já havia alegado inocência e dito ser vítima de uma injustiça. Na mensagem deste domingo, a influenciadora disse manter a fé e entender que passa por uma "provação". "Não é fácil uma mulher nordestina, mãe solo, criada por mãe solo, vinda da comunidade, chegar aonde cheguei, as provações são gigantes e irei passar por todas elas", escreveu.

Conforme o inquérito, a suposta quadrilha usava várias empresas de eventos, publicidade, casas de câmbio, seguros e outras para lavagem de dinheiro feita por meio de depósitos e transações bancárias. Como a Folha de S.Paulo mostrou, um Lamborghini Urus ostentado nas redes sociais foi central para a prisão da influenciadora.

O carro de luxo comprado no segundo semestre de 2023, pertencia anteriormente à empresa Esportes da Sorte, apontada como principal agente no esquema investigado. O Lamborghini, adquirido através de sua empresa Bezerra Publicidade e Comunicação LTDA por R$ 4 milhões, foi revendido pouco tempo depois, o que foi visto pelos investigadores como indícios de lavagem de dinheiro.

Dono da Esportes da Sorte, Darwin Henrique da Silva Filho também foi alvo de mandado de prisão e se entregou à polícia. Em nota, a empresa disse que tem prestado esclarecimentos no inquérito desde março de 2023 e que há "interpretação precipitada e equivocada dos fatos".

"A operação policial será impugnada perante o juízo competente, demonstrando-se que houve interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados. Tanto é assim que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa", diz a nota.

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