ARTIGO

“Déjà Vu” no Noticiário


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Você já ligou a TV para assistir ao noticiário e, sentiu que aquela reportagem era velha conhecida? Essa sensação intrigante tem um nome: déjà vu. Mas o que é isso?
Déjà vu em francês significa "já visto", é aquela sensação de que algo que está acontecendo agora já aconteceu antes. É como se o tempo desse uma volta e você fosse parar num ponto já vivido. Mas será que isso tem a ver com o tempo? Sim!
Ele está relacionado ao tempo de maneira interessante. Quando você sente um déjà vu, é como se a sua mente confundisse o "antes" e o "agora". É uma falha temporária no processamento das informações, onde o presente parece se misturar com o passado. Essa mistura pode acontecer por alguns motivos, como quando o cérebro faz associações com memórias semelhantes ou até uma falha no funcionamento neural.
Vamos pensar no mundo on-line, onde tudo acontece rápido. Imagine que você está navegando na internet e encontra uma notícia que parece familiar. Isso acontece porque você já leu algo parecido antes, ou porque a maneira como a informação é apresentada desperta memórias de outras notícias. Esse é o déjà vu em ação, jogando com a percepção do tempo e das lembranças.
Déjà vu é um fenômeno real, uma espécie de truque que a cabeça da gente prega, fazendo o presente parecer passado. É como se ela criasse uma narrativa que mistura realidade e lembranças de maneira inesperada. Por exemplo, você pode sentir déjà vu ao encontrar um velho amigo e ter a sensação de já ter tido aquela conversa antes. 
Mas por que isso acontece? O déjà vu pode ser causado por várias razões. Uma teoria é que ele ocorre quando há uma breve descoordenação entre os hemisférios do cérebro, causando uma espécie de "atraso" no processamento das informações. Outra possibilidade é que a nossa massa cinzenta reconhece algo familiar nos estímulos atuais, mesmo que a experiência exata seja nova.
No noticiário, o déjà vu pode ter um efeito curioso. Se o jornalista ou o espectador sente isso com uma notícia, pode afetar a percepção da credibilidade. Imagine ouvir uma informação sobre um evento atual e ter a sensação de que já ouviu aquilo antes. Isso pode gerar dúvidas sobre a novidade e a veracidade dos fatos. 
Na corrida jornalística para o “furo de reportagem”, o déjà vu pode ser uma faca de dois gumes. Para o jornalista, essa sensação pode significar que ele está tocando em temas relevantes, o que pode aumentar a importância da matéria. No entanto, se o público sente déjà vu, pode achar que a notícia não é nova ou que está sendo reciclada, afetando a credibilidade e o impacto da reportagem. Também, há uma ideia intrigante de que, às vezes, a notícia através do déjà vu parece chegar antes do fato ser gerado, como se estivéssemos antecipando algo que ainda está por acontecer. Isso desafia ainda mais nossa compreensão do tempo.
O déjà vu pode ser visto como uma competição entre nossa percepção linear do tempo e a ideia de que ele não é simples. Essa sensação de repetição pode desafiar nossa compreensão do tempo e da realidade, levando a reflexões sobre como vivemos e percebemos o mundo.
Na prática, entender o déjà vu pode nos ajudar a compreender melhor como o cérebro funciona e como ele processa o tempo e as memórias. E no contexto dos noticiários, isso nos lembra de sempre questionar a informação e buscar a verdade, mesmo quando parece que já sabemos o que está acontecendo.
Assim, o déjà vu nos mostra que a percepção humana é cheia de nuances. Aceitar isso pode nos ajudar a evoluir, tanto no pensamento quanto na compreensão. Sabe-se que a nossa “cuca” pode pregar peças e nos tornar mais críticos. Devemos estar atentos, para que tal coisa não aconteça. Fuja!!

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