Sobe a tensão política entre os candidatos a prefeito de Piracicaba. O candidato tucano Barjas Negri, que já foi alvo de ações contra sua candidatura, agora usa da mesma moeda contra o candidato Helinho Zanatta (PSD) em nova ação de impugnação de candidatura protocolada na Justiça Eleitoral.
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A petição de Barjas pede que a Justiça Eleitoral declare inelegível o candidato Helinho, contudo, dirige seu apelo jurídico para a 330ª Zona Eleitoral, que fica em Teodoro Sampaio, cidade do Pontal do Paranapanema, a 590 km de distância de Piracicaba.
A alegação do ex-prefeito está amparada no artigo 1º da Lei da Ficha Limpa devido a um acordo de Helinho Zanatta com o Ministério Público. “Trata-se, o presente caso, de uma situação chapada, uma vez que a requerente celebrou acordo de não persecução cível com o Ministério Público Estadual no qual assume expressamente a responsabilidade pela prática de ato doloso de improbidade administrativa que causou lesão ao erário e enriquecimento ilícito”, alega. Na época, o prejuízo aos cofres públicos foi de R$ 211.331,71. Ainda no acordo, além do ressarcimento integral do dano patrimonial, o então prefeito de São Pedro sujeitou-se a multa civil no valor de R$ 52.832,92.
O escritório de advocacia contratado por Barjas Negri sustenta que o ato doloso de improbidade administrativa está bem caracterizado “uma vez que além do ressarcimento integral do dano o requerente se sujeitou ao pagamento da multa em seu valor equivalente”.
Helinho Zanatta foi questionado pelo JP sobre a ação e afirmou que está apto para concorrer às eleições de outubro próximo. De acordo com ele, o processo citado por Barjas Negri já foi considerado extinto pela Justiça, pois foi um acordo que o próprio Ministério Público aceitou, através da manifestação da promotora Fábia Caroline do Nascimento, da 2ª Vara Judicial. “Estamos falando de alguém que é campeão de processos. Barjas está inseguro na liderança e tenta trazer todo mundo para as suas confusões”, avalia Helinho, que diz estar tranquilo por entender que é um ato de desespero do adversário. “Tenho honra, nunca estive enrolado com a Justiça. Meus opositores estão mais preocupados em atacar a minha imagem do que apresentar propostas para Piracicaba. Chega de rolo. Temos que olhar para a cidade que pede por socorro”, disse Zanatta.
OPINIÕES
O JP questionou os demais candidatos a prefeito sobre candidaturas questionadas na Justiça. “Todos aqueles que se sentirem prejudicados têm o dever de buscar seus direitos e aqueles que nada devem, o de se defender”, disse o pré-candidato Luciano Almeida (PP).
“Entendo que toda impugnação é legítima desde que haja fundamento jurídico. Digo como advogado constitucionalista”, disse o pré-candidato Paulo Campos.
“Infelizmente, Piracicaba, nos últimos anos tem vivido esse tipo de discussão jurídica nas candidaturas a prefeito. Problemas judiciais do passado sendo trazidos à tona próximo as eleições. O triste de tudo isso é ver candidatos a prefeito de Piracicaba nessa situação”, disse o pré-candidato Alex Madureira.
O pré-candidato Edvaldo Brito (Avante) e a pré-candidata do PT, Professora Bebel, não se manifestaram. Até o fechamento desta edição Vinícius Bena (PCB) não enviou o comentário dele sobre o assunto.
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