A Rua Boa Morte, uma das mais antigas de Piracicaba, deve seu nome à devoção religiosa da cidade. Conforme ressalta Manoel de A. Camargo em “As Ruas de Piracicaba, 1900”, as ruas da época “cortam a cidade de uma à outra extremidade, formando quadras regulares”. A Boa Morte, em particular, era uma homenagem à Igreja de Nossa Senhora da Boa Morte, cuja construção teve início no século XIX.
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A igreja era dedicada à Virgem Maria, invocada como protetora dos moribundos e intercessora pela boa morte. A devoção popular à santa e à igreja contribuiu para que o nome se popularizasse e, consequentemente, fosse atribuído à rua que a ela dava acesso. “A localização da igreja, próxima ao centro histórico, também contribuiu para fortalecer essa associação”, como aponta o Memorial de Piracicaba, 2002.
Com o tempo, surgiram diversas lendas. Uma das mais conhecidas é a que afirma que existem pessoas enterradas sob a rua. Essa crença, sem embasamento histórico, pode ter surgido devido à antiga localização da igreja e à associação do nome da rua com a morte. No entanto, “não há registros históricos ou evidências arqueológicas que confirmem a existência de sepulturas sob a Rua Boa Morte”, conforme o Memorial de Piracicaba.
A Rua Boa Morte continua sendo um importante ponto de referência em Piracicaba. “A rua mantém parte de seu caráter histórico e religioso”, como destaca o Memorial de Piracicaba. A igreja, embora tenha passado por reformas, permanece como um marco arquitetônico e um local de devoção para muitos fiéis.
A história da Rua Boa Morte é um exemplo de como a memória coletiva de uma cidade pode moldar a identidade de seus espaços e de seus habitantes. A associação entre o nome da rua, a igreja e a devoção popular à Nossa Senhora da Boa Morte é um legado que se mantém vivo nas narrativas e no imaginário dos piracicabanos.
Comentários
1 Comentários
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fernando antonio celso 08/08/2024Boa Noite! Por favor, pesquisem onde era o cemitério da cidade antes de ser mudado para o Cemitério Da Saudade! Meu avô, meu pai e muitas outras pessoas fizeram parte do translado das sepulturas.