EXAUSTÃO NO TRABALHO

Síndrome do Burnout é a 'doença do momento': conheça os sintomas

Por Ana Laura França | ana.laura@jpjornal.com.br |
| Tempo de leitura: 2 min
Pixabay

A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, tem se tornado cada vez mais prevalente no mundo contemporâneo, a ponto de ser frequentemente chamada de "doença do momento". Caracterizada por exaustão extrema, cinismo, distanciamento no trabalho e redução da eficácia profissional, essa condição de saúde mental tem raízes em fatores como sobrecarga de trabalho, falta de reconhecimento, ambiente de trabalho tóxico e ausência de equilíbrio entre vida pessoal e profissional.

Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) apontam que o burnout é um fenômeno global, afetando trabalhadores de diversas áreas e níveis hierárquicos. Um estudo realizado pela organização em 2019 classificou o burnout como uma síndrome ocupacional, ou seja, uma doença diretamente relacionada ao ambiente de trabalho.

No Brasil, pesquisas indicam que a prevalência do burnout é alta, especialmente em setores como saúde, educação e serviços. Um levantamento realizado pela CNS (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Saúde) revelou que mais de 70% dos profissionais da saúde já apresentaram sintomas de burnout em algum momento da carreira.

As causas do burnout são multifatoriais e podem variar de indivíduo para indivíduo. Além dos fatores já mencionados, outros elementos como a falta de autonomia no trabalho, a sensação de injustiça e a dificuldade em estabelecer limites também podem contribuir para o desenvolvimento da síndrome.

As consequências do burnout vão além do ambiente de trabalho. A pessoa que sofre com essa condição pode apresentar sintomas como:
Físicos: fadiga crônica, dores musculares, distúrbios do sono, problemas gastrointestinais.
Emocionais: irritabilidade, ansiedade, depressão, apatia, sentimentos de fracasso e desvalorização.
Cognitivos: dificuldade de concentração, problemas de memória, tomada de decisões prejudicada.

A prevenção do burnout passa por ações individuais e coletivas. É fundamental que as empresas invistam em programas de promoção da saúde mental, como a criação de um ambiente de trabalho mais humano e saudável, a implementação de políticas de gestão do estresse e a oferta de programas de apoio psicológico aos funcionários.

O tratamento do burnout envolve uma abordagem multidisciplinar, que pode incluir psicoterapia, coaching e, em alguns casos, o uso de medicamentos. É importante buscar ajuda profissional o mais cedo possível, pois quanto antes o tratamento for iniciado, maiores as chances de recuperação completa.

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