O azeite de oliva, ingrediente essencial em diversas culinárias, tem sofrido um aumento significativo em seu preço nos últimos anos. Essa elevação, que impacta diretamente consumidores e estabelecimentos, é resultado de uma combinação de fatores complexos.
- 'Piracicaba não está tendo o cuidado que merece'
- Lula usa TV para atacar herança de Bolsonaro
- Maduro 'reeleito' na Venezuela; oposição denuncia irregularidades
Um dos principais motivos para essa alta é a quebra histórica na produção de azeitonas. A seca intensa e prolongada, agravada pelo fenômeno El Niño, afetou gravemente a produção em países como Espanha, Itália e Portugal, que juntos respondem por cerca de 70% da produção mundial.
Segundo a Coag (Confederación de Organizaciones de Agricultores y Ganaderos), a produção de azeite na Espanha em 2023 registrou uma queda de 26% em relação à média das últimas cinco temporadas. Essa redução drástica na oferta impulsionou os preços no mercado internacional.
A demanda global por azeite de oliva tem crescido consistentemente, impulsionada pela crescente conscientização sobre seus benefícios para a saúde e pela popularização da culinária mediterrânea. A oferta limitada, aliada à demanda crescente, exerce uma pressão adicional sobre os preços.
Um estudo realizado pela IOC (International Olive Council) revelou um aumento de 15% no consumo mundial de azeite de oliva nos últimos cinco anos. Essa crescente demanda, em conjunto com a redução na produção, tem intensificado a disputa por esse produto no mercado global.
Os produtores de azeite enfrentam um aumento nos custos de mão de obra, energia, fertilizantes e embalagens, diretamente impactados pela inflação global. Os desafios na cadeia de suprimentos, com a alta dos custos de transporte marítimo e a escassez de contêineres, também impactam o preço final do produto.
O aumento no preço do azeite tem gerado um impacto significativo no consumidor. Muitos consumidores têm buscado alternativas mais acessíveis, como outros tipos de óleos vegetais, ou reduzido o consumo de azeite em suas preparações.
A recuperação da produção de azeitonas é um processo lento e depende de condições climáticas favoráveis. A expectativa é que os preços continuem elevados no curto prazo, com alguma estabilização apenas a partir de 2025, caso as condições climáticas se normalizem e a produção se recupere.