A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) orientou a população a não ter contato direto com a água do rio Piracicaba e com os peixes mortos que foram encontrados às margens do rio no último domingo (7). Em atualização do caso, enviada na última terça-feira (9), a Cetesb informou que os peixes morreram após o despejo irregular de poluentes nas águas do ribeirão Tijuco Preto, que deságua no manancial.
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“A população deve evitar contato direto com a água do rio e os peixes mortos não devem ser manipulados, nem consumidos”, informou a Cetesb em nota. “Amostras coletadas estão em análise e já foi identificada e cessada a origem do derramamento, ocasionado por uma indústria da região”, completou.
Ainda segundo a atualização do órgão, um relatório parcial das investigações será divulgado nesta quarta-feira (10). “A Cetesb recebeu as primeiras denúncias sobre o caso no último domingo (7) e enviou imediatamente equipes para apurar as circunstâncias, em parceria com o Serviço Municipal de Água e Esgoto (SEMAE), com o Pelotão Ambiental da Prefeitura de Piracicaba e com a equipe de operação da Barragem de Salto Grande”, completou.
O caso
Uma mortandade de peixes foi identificada no rio Piracicaba na manhã do último domingo (7). Os animais foram encontrados por pescadores e frequentadores da região boiando e agonizando às margens do rio. A Polícia Militar Ambiental e Pelotão Ambiental da GCM (Guarda Civil Metropolitana) de Piracicaba foram acionados. A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) confirmou que a mortandade aconteceu por conta de um lançamento irregular de efluentes no Ribeirão Tijuco Preto, em Piracicaba. Milhares de peixes foram encontrados mortos ou agonizando na beira do rio na manhã do domingo. A causa da mortandade foi identificada após nova vistoria de técnicos da Cetesb realizada na manhã desta segunda-feira (8).
“Dando continuidade às investigações para identificar a fonte poluidora que ocasionou a mortandade de peixes, em 7 de julho, no rio Piracicaba, os técnicos da Cetesb voltaram a campo hoje, 8 de julho. Durante as vistorias, eles identificaram de onde partiu a descarga irregular de efluentes lançados no Ribeirão Tijuco Preto”, informou a Cetesb em nota. “O Ministério Público já foi informado. Assim que saírem os resultados das análises será definida a penalidade que será aplicada”, confirmou. A Cetesb informou, ainda, que amostras de água do rio e peixes foram coletadas para análise, e a Companhia seguirá com o monitoramento do rio com apoio do Semae.