ARTIGO

Conflitos por trás dos relacionamentos afetivos


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Hoje, nossa reflexão fica por conta da Talita Forti, psicoterapeuta, Terapeuta Floral e Consteladora Familiar. Acompanhem!

Acreditamos, enquanto sociedade, que nos atraímos por parceiros que carregam algumas características, as quais “acreditamos” serem primordiais para o início de uma relação. Independentemente de acreditarmos que essas escolhas são feitas por preferências físicas, ideológicas, ou de valores, a realidade é que, diversas vezes, escolhemos parceiros por uma afinidade oculta, ou seja, não temos consciência do porquê de fato houve uma conexão, aquele “match”, popularmente dito.

O que acontece é que nos unimos em parcerias afetivas, amizades, sociedades devido aos nossos sistemas familiares. Como assim?

Pelo referencial da visão Sistêmica, acredita-se que, quando uma parceria acontece é porque ambos estão conectados sistemicamente. Como se vivêssemos todos dentro de um campo e neste, existem vários fios que fazem com que pessoas se conectem como teias e que são atraídos por suas dores, traumas inconscientes, por histórias que conectam seus antepassados. Isso não acontece ao acaso, não! São oportunidades para curarmos histórias ancestrais que ficaram esquecidas, que não foram vistas ou questões do casal, que ressoam em determinado momento de vida.

Quando um casal se une, dois sistemas familiares se unem naquele momento, para então, formar um sistema único. É natural que haja conflitos, pois cada um carrega sua dor. E o desafio é transformar a dor em amor. Quando você se permite vivenciar um relacionamento, para que este seja próspero é necessário aparar as arestas. Mas, para isso, ambos precisam estar “livres” do seu sistema de origem ou de relações passadas. Para que o novo se construa, o velho precisa ter um lugar em seu coração. É necessário honrar e agradecer quem veio antes. Não existe felicidade se você não estiver em paz com o passado.

Outra forma pela qual os casais se atraem é pela “criança”. Isso mesmo, nossa criança interior. É que quando ambos estão na criança, o caos pode se estabelecer, pois ambos se conectaram pela dor da criança ferida. E com isso, será necessário um trabalho com mais afinco, para que os parceiros não se firam e consigam, com sabedoria, conduzir a relação para algo maior, evitando que as dores os consumam. E como evitar ou transformar tudo isso?

Só existe um caminho, o do autoconhecimento. Este caminho é “tachado” por muitos, como a via mais trabalhosa, porém, a mais eficaz, a qual traz melhores resultados.

Para a filosofia sistêmica as Constelações Familiares são o caminho. Olhar para sua base, suas raízes, é indispensável para que indivíduo “tome” sua vida, olhe para sua origem e ocupe o verdadeiro lugar em seu sistema. Ou seja, filho tem que estar no lugar de filho, o filho precisa enxergar os pais como seres maiores, pois eles vieram antes, eles dão conta da própria vida.

Numa relação de casal por exemplo, o filho nunca deve interferir nas escolhas e decisões dos pais, quando fazem isso, saem da posição de filho e ocupam outro lugar, lugar este, que não é dele, isto traz um emaranhamento para o sistema. Dentro da sistêmica, essa dinâmica é chamada de Lei da Hierarquia. Esta faz parte das três leis fundamentais de estudo da filosofia sistêmica; Hierarquia, Pertencimento e Equilíbrio.

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