ARTIGO

Tenha um caso de amor com você mesmo


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Hoje resolvi voltar ao tema de codependência, visto que muitos se identificaram como codependentes e pediram que me aprofundasse um pouco mais para que, assim, conseguissem compreender o porquê de tantos desencontros em suas vidas.

“AME O PRÓXIMO COMO A SI MESMO”. O problema de muitos codependentes é exatamente esse. O que é pior, muitos não sonham amar ou tratar outras pessoas da forma que tratam a si mesmos. A maioria dos codependentes sofre dessa aflição vaga, mas penetrante, a baixa autoestima. Não se sentem bem consigo mesmo, não gostam de si mesmos e não pensam em amar a si mesmos.

Para alguns, baixa autoestima é apelido; não apenas não gostam de si mesmos – se detestam!

Não gostam da sua aparência. Não suportam o seu físico. Acham que são estúpidos, incompetentes, sem talento e, em muitos casos, acham que ninguém seria capaz de os amar. Acham seus pensamentos errados e impróprios. Acreditam que não são importantes e, mesmo que seus sentimentos não sejam errados, acham que eles não importam. Estão convencidos de que suas necessidades não são importantes. E são a vergonha dos desejos ou planos de mais alguém. Acham que são inferiores e diferentes do resto do mundo – não especiais, mas estranha e impropriamente diferentes.

Nunca chegam a um acordo consigo mesmos e se enxergam não através de cristais coloridos, mas sim de um filme cinza e embaçado. Distorcem a própria imagem, perceba o quanto é triste isso.

Podem ter aprendido a esconder seus verdadeiros sentimentos quanto a si mesmos, se vestindo e penteando seus cabelos corretamente, vivendo na casa certa e trabalhando no emprego certo. Podem até se gabar de suas realizações, mas sob tudo isso existe um calabouço onde secretamente se punem e se torturam sem parar.

Às vezes até convidam outras pessoas para odiá-los, como quando permitem que certas pessoas os ajudem a se sentirem culpados, ou quando permitem que os maltratem. Mas as piores surras são levadas secretamente, dentro de suas próprias mentes. Lembre-se sempre que o seu maior adversário é você mesmo e o seu maior desafio é o que você acredita.

Implicam consigo mesmos sem parar, amontoando pilhas de “deveria” em sua consciência e criando montanhas imprestáveis e fedorentas de culpa. Não confunda isso com culpa verdadeira e autêntica, aquela que motiva as mudanças, que ensina valiosas lições e nos permite um relacionamento mais próximo conosco, com os outros e com nosso Poder Superior. Constantemente se colocam em situações impossíveis, em que não tem escolha a não ser se sentir mal consigo mesmos. Pensam algo, depois dizem que não devem pensar assim. Sentem algo, depois dizem a si mesmos que não devem se sentir assim. Tomam uma decisão, depois acham que não deviam ter agido assim. Estão sempre se punindo e isto os mantém ansiosos, irritados e sufocados e com isso prendem-se numa armadilha.

Alguns acham que cometem tantos erros que não podem nem de leve esperar que as pessoas os desculpem. Alguns acham que tudo o que fazem está errado, mas, ao mesmo tempo, exigem perfeição de si mesmos. Colocam-se em situações impossíveis, depois não entendem por que não conseguem sair delas. Na codependência, como em muitas áreas da vida, tudo está ligado a tudo e uma coisa leva a outra. Por isso nossa autoestima baixa frequentemente está bastante ligada a muito do que fazemos ou do que não fazemos, e isso nos leva a muitos de nossos problemas. Se colocar em primeiro lugar é o melhor que você pode fazer por você e pelas pessoas que você ama. Ninguém dá ao outro aquilo que não tem. Quem te ama sentirá muito orgulho de quem você se tornou. Crie este movimento e tenho certeza que alcançará resultados extraordinários.

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