JUSTIÇA

Mulher é condenada a 14 anos de prisão pela morte do namorado

Por André Thieful |
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Homicídio ocorreu na favela da Portelinha, em 2021
Homicídio ocorreu na favela da Portelinha, em 2021

A mulher acusada de ter matado o namorado a facadas no dia 6 de junho de 2021, na favela da Portelinha, foi condenada a 14 anos de prisão. O julgamento do caso, presidido pelo juiz Felippe Rosa Pereira, ocorreu na terça-feira (21). A decisão é de primeira instância e a ré tem o direito de recorrer em liberdade.

A mulher chegou a ser absolvida da acusação em setembro de 2022. A Justiça entendeu que ela teria agido em legítima defesa. “Foi com a vítima até um bar e depois deslocaram-se a outro bar, onde houve uma confusão. Ao retornarem, passou a ser agredida pela vítima com socos na cabeça e na costela e que no momento das agressões, puxou um negócio e desferiu um golpe contra a vítima”, disse a ré em juízo.   “Vê-se desses elementos de prova, portanto, que a acusada realmente empreendeu a defesa necessária contra agressão injusta e atual que estava por sofrer por parte da vítima”, escreveu o juiz Luiz Antonio Cunha, titular da Vara do Júri e Execuções Criminais, ao absolver a ré.  O Ministério Público recorreu da decisão judicial e conseguiu, em outubro de 2023, que a ré fosse denunciada pelo crime de homicídio.

O CASO

De acordo com a denúncia, a mulher matou o namorado dela, Renaldo Ribeiro dos Santos, de 45 anos, com golpes de facada, e fugiu em seguida. O corpo da vítima foi localizado pela Guarda Civil.

Segundo o boletim, um denunciante entrou em contato com a Guarda Civil, inicialmente para atender um caso de morte suspeita. Quando entraram na moradia da vítima, os patrulheiros foram avisados por moradores, que Santos teria se envolvido em uma discussão com uma mulher no interior de sua moradia na comunidade. No local, os guardas teriam encontrados uma lâmina de aço e roupas com manchas de sangue, bem como em vários pontos na moradia, o que representa que houve luta corporal entre Santos e sua agressora.

Os policiais civis, que também acompanharam os trabalhos dos peritos criminais constataram que a suspeita teria usado outra moradia, na mesma comunidade para tomar banho, logo após o crime. Depois pegou os filhos menores e fugiu. Eles também encontraram uma toalha de banho com manchas de sangue, que poderia ter sido usada pela mulher.

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