DIREITOS

Estudante de 14 anos representa o município de Piracicaba na 12ª CNDCA

Luna Mendes Teixeira, aluna do Colégio Dom Bosco Assunção, conta sobre a importância de jovens saberem quais são os seus direitos

Por Fernanda Rizzi | 13/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Claudinho Coradini/JP

Aluna viajou até a cidade de Brasília
Aluna viajou até a cidade de Brasília

A estudante Luna Mendes Teixeira, de 14 anos, aluna do 9º ano do Colégio Dom Bosco Assunção, representou a cidade de Piracicaba na 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, realizada nos dias 2, 3 e 4 de abril, em Brasília. O evento reuniu jovens de todo o País para discutir o tema central: "A situação dos direitos humanos de crianças e adolescentes em tempo de pandemia pela Covid-19: violações e vulnerabilidades, ações necessárias para reparação e garantia de políticas de proteção integral, com respeito à diversidade".

Com o compromisso de mostrar os seus direitos para as crianças e adolescentes, Luna conta que o principal desafio do jovem é a educação, tanto da rede pública quanto particular. “Na Conferência, vimos como a educação foi muito devastada em diferentes níveis. Foi citado sobre as perdas na pandemia. Crianças que ficaram órfãs ou sofrendo por ficar em casa, principalmente às vítimas de violência de sua própria família”, contou ela ao JP.

A adolescente enfatiza a necessidade de conscientização sobre os direitos desses jovens e de uma maior divulgação dos órgãos responsáveis por sua proteção. “Outro fator muito citado é como não temos ideia dos diretos das crianças e dos adolescentes, e como os jovens tem a falta de conhecimento sobre isso. É necessário ser passado um ensinamento para nós sobre os nossos direitos e ter uma maior divulgação dos órgãos protetores. As crianças e adolescentes tem vozes, e precisam ser prioridades em nosso país”, destaca.

Para ela, a experiência foi muito rica em aprendizado e destacou a oportunidade de interagir com jovens de diferentes estados brasileiros e de perceber as diferentes culturas e realidades de cada um. “Temos uma diversidade de ideias e de cultura muito diferentes um dos outros. Isso faz com que imaginemos jovens que vivem realidades diferentes das nossas. Em minha opinião, uma parcela tem voz ativa, mas deveria existir essa facilitação e ser maior do que é hoje em dia. É algo que devemos mudar em nossa sociedade”, relata ela sobre a importância dos jovens também terem voz ativa.

Já sobre o papel da escola na promoção dos direitos dos alunos, Luna elogiou o Colégio Dom Bosco Assunção por seu apoio e incentivo à participação em eventos como a conferência. “Neste mês, estamos com uma campanha contra o bullying, que também integra uma das prevenções dos direitos da criança e do adolescente. Nosso colégio abrange muito isso, e permite que possamos nos expressar”, relata. “Nós falamos que as nossas famílias são as nossas redes de suporte, mas a escola acaba sendo ainda mais. O papel do colégio de mostrar os nossos direitos é de extrema importância. A escola precisa incentivar a nossa voz, porque assim não estão criando só os melhores alunos, mas melhores pessoas para o futuro”, completa.

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