SEGURANÇA

Transações financeiras: saiba como identificar um golpe pela internet

Demandas envolvendo casos de suspeita de golpe, principalmente em relação a depósitos ou transferências para contas bancárias, são cada vez mais frequentes no Banco Central

Por Da Redação | 01/04/2024 | Tempo de leitura: 3 min

Pixabay

Hakers passam o dia aplicando golpes pela internet e faturam milhões
Hakers passam o dia aplicando golpes pela internet e faturam milhões

Com o avanço da tecnologia, os métodos para aplicar golpes tornam-se mais elaborados, prejudicando um número de pessoas cada vez maior. De acordo com uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), 46% dos internautas brasileiros foram vítimas de algum tipo de golpe financeiro nos 12 meses anteriores ao estudo - feito em 2023.

Em um mundo cada vez mais digitalizado, as transações online se tornaram parte integrante da rotina. Segundo apontam dados do Banco Central, no ano de 2023, foram movimentados cerca de 10,89 trilhões de reais em transações instantâneas, número que evidencia que a vida financeira da maior parte dos brasileiros está em poucos toques em smartphones.

As demandas envolvendo casos de suspeita de golpe, principalmente em relação a depósitos ou transferências para contas bancárias ou boletos suspeitos, são cada vez mais frequentes no Departamento de Atendimento ao Cidadão, do Banco Central. Embora o assunto seja de responsabilidade da polícia, que investiga os crimes, o BC alerta a população para evitar fraudes.

São considerados golpes toda e qualquer transação feita através de terceiros que não esteja autorizada pelo titular dos valores, ocasionando perdas financeiras por parte dos titulares. Os golpes podem ter diferentes naturezas e modus operandi; existem os diretos, que utilizam dados dos usuários se passando por eles, mas também os indiretos, que podem fazer com que o mesmo passe informações autenticadoras.

“Os cidadãos devem ficar atentos a ofertas e abordagens suspeitas”, explica João Paulo Resende Borges, chefe de divisão no BC.

Dicas para se proteger:

  1. Quando contratar empréstimos e financiamentos, nunca faça pagamento inicial para obter os recursos, principalmente em contas de pessoas físicas. Além disso, evite contratar empresas desconhecidas (veja aqui se a instituição é autorizada a funcionar pelo Banco Central). 
  2. Desconfie de ofertas muito vantajosas ou facilitadas que não exijam garantias, tais como avalistas ou fiadores, ou que não façam consultas a cadastros restritivos (SPC e Serasa, por exemplo).
  3. Em compras de produtos pela internet, desconfie de preços muito abaixo dos praticados no mercado. Pesquise se a loja realmente existe e opera de forma regular. Consulte se a empresa possuo reclamações registradas no consumidor.gov.br. Em casos de compras, se for pagar o produto por boleto, verifique, no caixa eletrônico, no internet banking ou no aplicativo do celular, se o nome do beneficiário do pagamento é de pessoa ou empresa para quem você pretende transferir o recurso.
  4. O Banco Central não realiza empréstimos e financiamentos nem cobrança de dívidas em atraso relativas a essas operações de crédito. ‎Solicite à empresa de cobrança ou à instituição financeira credora os documentos que comprovem a origem da suposta‎ dívida antes de realizar qualquer pagamento.
  5. Existem casos em que os golpistas mandam mensagens, cartas e e-mails fraudulentos que exibem a marca do Banco Central ou que vêm acompanhados de nomes de pessoas que supostamente trabalham em bancos e outras instituições financeiras. O BC não solicita senhas, dados bancários, informações pessoais, cadastramento ou recadastramento em sistemas, bem como informações pessoais ou bancárias. Além disso, o BC também não envia mensagens SMS ou WhatsApp aos cidadãos sem que tenham sido solicitadas.
  6. Ative mecanismos de autenticacao: informe-se nos canais oficiais das instituições financeiras com as quais você tem vínculos, veja quais são os mecanismos de segurança que elas oferecem e explore-os, sejam Tokens, reconhecimento facial, geolocalização, entre outros.
  7. Existem casos de golpes em que há informação sobre conta no Banco Central em nome de empresa ou de cidadão, que pode ser acessada mediante apresentação de documentação ou via mensagens SWIFT (padrão internacional de comunicação entre instituições financeiras). Também há golpes que usam títulos e documentos das Letras do Tesouro Nacional (LTN) como garantia de falsas operações. Atenção! Mesmo que citem números de normas ou nomes de departamentos, diretores e servidores do Banco Central e de outros órgãos públicos, o Banco Central não está autorizado a emitir títulos da dívida pública. Sobre alertas de fraude com títulos públicos, consulte aqui a página do Tesouro Nacional. 

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