Passado o carnaval de 2024, os palcos das campanhas políticas começam a ser iluminados.
O qualitativo e o quantitativo, dois termos importantes do cenário, se aproximam no “tamo juntos e misturados”, trazendo uma confusão ao serem interpretados e apresentam duas abordagens distintas na coleta e análise de dados em diversas áreas.
O qualitativo está mais relacionado à compreensão profunda e interpretação de fenômenos. Ele se concentra em dados não numéricos, como entrevistas, observações ou análises de conteúdo textual. O qualitativo não tem tamanho.
O quantitativo refere-se à mensuração de fenômenos por meio de números e estatísticas. Envolve a coleta de dados objetivos e mensuráveis para análise.
O “E MUITO MAIS” na propaganda é um termo de grande profundidade.
Na dinâmica e competitividade da arena das comunicações, desempenham um papel importante na transmissão de mensagens persuasivas. Um termo que frequentemente salta das campanhas publicitárias, cria uma aura de mistério e amplificação. É o “E MUITO MAIS”.
Essa expressão compacta carrega consigo uma série de interpretações e intenções estratégicas destinadas a envolver e cativar o público-alvo.
Em sua essência, “E MUITO MAIS”, é a afirmação ambígua que deixa espaço para a imaginação do consumidor preencher os pormenores. Essa mistura intencional é uma técnica eficaz para despertar curiosidade e engajamento. Ao sugerir que há mais benefícios, características ou experiências além do que foi explicitamente mencionado, os profissionais do marketing estimulam a mente do consumidor a explorar as possibilidades adicionais.
Uma interpretação desse termo é a promessa de uma oferta abrangente. Ao destacar uma lista de vantagens específicas e em seguida concluir com “E MUITO MAIS”, os anunciantes insinuam que o produto não se limita às características mencionadas, proporcionando uma sensação de plenitude e valor agregado.
Como as campanhas políticas são tratadas como se o candidato fosse um produto em discursos, a estratégia do “E MUITO MAIS” é frequentemente utilizada como uma ferramenta persuasiva diante do período eleitoral, transformando a política em uma forma de propaganda pura. Nesse contexto, os candidatos empregam essa expressão para criar uma imagem robusta de suas propostas e para instigar o apoio do eleitorado.
Ao prometerem melhorias em áreas de saúde, educação e infraestrutura, os políticos concluem seus discursos com a sugestão de que há “E MUITO MAIS” por vir.
Outra proposta com essa estratégia está relacionada à promessa de soluções abrangentes para os desafios enfrentados pela sociedade. Ao apresentar ideias, os candidatos deixam claro que suas propostas vão além do que foi explicitamente mencionado, quando geram a expectativa de que há outra estratégia mais completa e eficaz, pronta para ser implementada.
O uso excessivo dessa expressão pode levar a uma quebra de confiança. Por isso mesmo, tendo “E MUITO MAIS” para ser escrito, eu vou parar por aqui.
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