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04 de maio de 2024
NÃO FOGE À LUTA
Defesa pessoal: esporte ajuda mulheres em situações de violência
Originárias das artes marciais, essas técnicas foram adaptadas por pessoas comuns, em casos de imprevistos no cotidiano
Por Erivan Monteiro | 16/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
erivan.monteiro@jpjornal.com.br
Claudinho Coradini/JP
Nos dias atuais, infelizmente, a violência contra a mulher chama a atenção pelo número de feminicídios e abuso em geral nas quais são vítimas. Uma forma de ajudar na autoestima e promover uma maior sensação de segurança é a prática da defesa pessoal.
Essas técnicas têm origem nas artes marciais tradicionais e foram adaptadas por pessoas comuns, para que estas pudessem defender-se de imprevistos no cotidiano. Por esse motivo, muitas mulheres buscam o esporte para aprender mais sobre o assunto.
“Eu treino defesa pessoal para desenvolver habilidades físicas e mentais. Acredito que as mulheres podem se beneficiar do treinamento para estar preparadas para situações de violência, promovendo assim a segurança pessoal”, declarou a estudante de Engenharia Mecânica Lannah Suellen Santos Brito, de 24 anos, que pratica o Muay Thai.
“Eu acho importante as mulheres terem um treinamento de autodefesa, pode ser uma maneira eficaz de promover a capacidade de proteção, permitindo que se sintam mais seguras em situações vulneráveis”, completa Lannah.
Atleta de auto rendimento do karatê, Bárbara Amaral dos Santos Borges, de 18 anos, disse que treina para unir a defesa pessoal e o trabalho como esportista. “A mulher precisa treinar para sua defesa pessoal, já que o índice de violência é muito alto”, reconheceu.
A professora de Muay Thai, Vanessa Fraga de Oliveira Silva, de 30 anos, segue na mesma linha. “A mulher deve estar preparada para enfrentar desafios e o esporte com certeza ajuda e dá essa confiança de saber se defender” afirma. Vanessa acredita que “é importante saber se defender fisicamente e, no psicológico, melhora a autoestima e consegue lidar com diversas situações”.
PREPARADA
Ex-atleta da Seleção Brasileira de Karatê, Natália Brozulatto Spigolon, de 34 anos, está no esporte desde pequena e diz que sua arte marcial pode ser usada como defesa pessoal.
“A mulher precisa estar preparada para possíveis atos de violência e preparada mentalmente e fisicamente para isso. O esporte em si ajuda a gente ter controle, ser mais atenta e responder rápido a algumas coisas”.
Natália afirma que, felizmente, nunca precisou usar técnicas para se defender de alguma violência. “Eu não gosto dessa situação. A gente tenta evitar o máximo briga, confusões...porque não é saudável. Mas me sinto preparada sim se caso precise”, afirmou.
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