PERIGO

Pessoas podem pegar dengue e covid ao mesmo tempo e infecção pode ser mortal, diz médico

Segundo infectologista, dupla contaminação por dengue e covid ainda pode sobrecarregar sistema de saúde

Por Roberto Gardinalli | 11/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
roberto.gardinalli@jpjornal.com.br

Divulgação/Prefeitura de Piracicaba

Piracicaba atingiu 2.184 casos confirmados de dengue desde o primeiro dia de 2024, segundo o portal estatístico da Secretaria Estadual de Saúde do Estado de São Paulo, que é atualizado diariamente. O número é relativo ao período entre os dias 1° de janeiro e 8 de março de 2024. A situação da dengue no território paulista fez com que o governo estadual decretasse estado de emergência para a doença. Desde o primeiro dia do ano, o estado já registrou 189.368 casos de dengue. Ao mesmo tempo, o estado vive um aumento de confirmações da covid-19, com aumento nos casos gerais principalmente após o carnaval.

Segundo a plataforma da USP Info Tracker, que monitora o desenvolvimento da covid no estado, já foram confirmados 13 mil casos da doença desde o início do ano. Em Piracicaba, segundo a SMS (Secretaria Municipal de Saúde), entre janeiro e fevereiro de 2024, foram anotados 830 casos, sem mortes registradas.

A alta nos casos das duas doenças acendem um alerta para os médicos: a infecção conjunta. De acordo com o médico infectologista Hamilton Bonilha, do IVIP (Instituto de Vacinação e Infectologia de Piracicaba), os casos de dupla infecção são considerados mais graves pois o corpo já está com a imunidade debilitada, o que dificulta na recuperação do paciente. “Um indivíduo pode ter infecções simultâneas e/ou sequentes, que podem levar a queda da imunidade, facilitando um desfecho desfavorável dessas doenças”, afirmou Bonilha. Os casos são ainda mais graves se forem identificados em pessoas idosas ou com alto grau de imunossupressão.

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Com relação ao tratamento de uma infecção conjunta, o médico explica que as doenças como covid e gripe possuem medicamentos antivirais específicos. Porém, no caso da dengue, o tratamento combate apenas os sintomas, ainda que com restrições a alguns tipos de medicamentos que podem agravar o quadro do paciente. “Em ambas as doenças a hidratação associada a sintomáticos, exceto ácido acetil salicílico na dengue, é fundamental”, explicou. “Na covid-19 existem antivirais que podem ser indicados em casos específicos”, completou.

Ainda assim, a melhor prevenção é a vacina. “É importante destacar a prevenção das doenças através da vacinação”, afirmou. Ele lembra que, no caso da dengue, é fundamental a eliminação de locais que possam ser criadouros do mosquito. “Também o uso de repelentes nas épocas quentes do ano, quando há maior circulação dos mosquitos”, finalizou.

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