ARTIGO

Cride, fale pra mãe!

Por Walter Naime |
| Tempo de leitura: 3 min

Acho difícil encontrar alguém que saiba quem foi o Cride. O Cride era o Euclides Gomes da Silva, amigo e companheiro de Ronald Golias, que criou o personagem Cride, o menino de recados, pois, o talento do criador transbordava amor, humor e graça pelo seu desempenho de humorista e características físicas.

Estando na cidade de Serra Negra, Estância mineral e turística, numa madrugada fria de fim de festa, deparei com a estátua de bronze de Golias, sentado no relento de um banco de jardim.

No bronze daquele “sino de graças”, estava representado o grande humorista. Fiquei com vontade de oferecer o meu agasalho para aquele bronze, mas eu não tinha a certeza de sua imobilidade. É que nela estava fazendo graça para nossa existência, com o seu boné de pano com a asa puxada para o lado. Isso tudo aconteceu quando passei, sem usar a caneta, por uns trinta dias.

Numa tarde quente de verão, me vi diante de uma pergunta após trinta dias de silêncio literário. O que aconteceu? A resposta foi simples, inspirada no humorista. Manhêêê, acabou a tinta!

Com o sol escaldante, a busca pelo boné tornou-se uma missão urgente. Assim nasceu a frase. Ôh Cride, fale pra mãe onde ela pôs o meu boné, afinal, enfrentar o sol sem o boné não era uma boa opção.

- Em Piracity, um salão de cabeleireiro virou palco de reuniões políticas. No salão do inspirador de debates, sabe-se que até o presidente Trump, preocupado com a impecabilidade de seu “topete político”, quis marcar horário para ser atendido. Contudo, a resposta foi o recado para o Cride.

- Ôh Cride, fale pra mãe dizer para o Trump que ainda não há horário vago para atendê-lo, pois os políticos locais tinham preenchido a agenda.

- Ôh Cride, a tecnologia vem avançando a passos largos com a criação do telefone, do carro, do rádio, do avião, do computador, do celular. Porém, para alguém, em alguns casos, no confronto com o natural, acaba permanecendo vencedora.

Ôh Cride, fale pra mãe que o carro nunca vai substituir o cavalo. Foi o que disse a Égua.

- Com o desenvolvimento dos serviços de entrega, as motocicletas barulhentas vêm prestando seus serviços enquanto não ficam prontos os drones nucleares.

As motocicletas vão continuar espalhando loucura pela sociedade com seus ruídos e competições.

Oh Cride, fale pra mãe que as autoridades são frouxas e vai demorar para que tomem alguma providência.

- As guerras nascem da ganância e da estupidez dos humanos.

Oh Cride, fale pra mãe que não foi o “Putin que pariu” a Ucrânia, foi a liberdade.

- Neste mundo de uma boneca só, que é o poder, os líderes se perdem na noção da conquista.

Oh Cride, fale pra mãe que nesse puxa-puxa das disputas, a boneca vai ser desmembrada em braços, pernas, cabeça, pés e outras peças e não vai sobrar boneca pra ninguém.

- O Maduro, companheiro do nosso presidente, se declara “verde” para tratar do assunto da Amazônia e da refinaria de petróleo Abreu e Lima, pois da primeira negociação que houve, não cumpriu o que tinha assumido.

Oh Cride, fale pra mãe que as coisas quando maduras e não usadas, começam a apodrecer e fica difícil de suportar o cheiro do ambiente.

- A inteligência artificial se coloca quase pronta, quando supõe-se que superará a natural.

Assim, os folgados começam a ficar contentes. Oh Cride, fale pra mãe pra cancelar minha matrícula na escola, não vou estudar mais.

- Oh Cride, fale pra mãe que o ódio “Hamais” será extinto, mas a esperança, o humor e a graça prevalecerão.

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