
O ano de 2023 terminou com o registro de 1.472 casos de acidentes com escorpião em Piracicaba, o que representa média de 122,6 casos por mês. O número é ligeiramente superior ao registrado em 2022, quando ocorreram 1.405 casos, o equivalente a 117 casos por mês. No ano passado, houve um caso de morte em decorrência de picada do aracnídeo. Neste ano, no mês de janeiro, foram 75 acidentes, sem óbito. As informações são da Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde. No Estado de São Paulo, 2023 bateu o recorde de ocorrências, com 49.381 casos, o número mais alto desde 1988.
De acordo com a Secretaria, em caso de picada de escorpião, a orientação é lavar o local com água e sabão, fazer compressa de água morna no local, procurar atendimento médico, imediatamente, em um pronto-socorro mais próximo do local da ocorrência. No caso de crianças até 10 anos de idade, devem ser encaminhados diretamente à Santa Casa de Piracicaba ou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Frei Sigrist, na Vila Cristina, que são referência na cidade neste tipo ocorrência.
PREVENÇÃO
O CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) informa que a Prefeitura mantém o trabalho de desinsetização para controle de baratas nos bueiros das ruas e avenidas do município, sendo um meio eficaz para o controle de escorpiões, pois elimina a principal fonte de alimento desses animais no ambiente urbano. As ações educativas também são constantes com a realização de palestras a respeito da biologia e controle de escorpiões em escolas públicas municipais e estaduais, além das particulares do município, bem como em empresas e demais instituições que fazem esta solicitação.
A Secretaria de Saúde reforça que todo trabalho do CCZ com relação aos escorpiões é feito baseado nos protocolos do Instituto Butantan (SP), que preconizam a prevenção, por meio do controle físico do ambiente. Dessa maneira, a orientação é que quintais, jardins, terrenos e áreas verdes ou áreas naturais de ocorrência de animais peçonhentos devem ser mantidos constantemente limpos, sem mato alto, lixo ou entulho, já que os escorpiões se abrigam nessas vegetações ou materiais, podendo invadir as residências próximas, ocasionando acidentes.
Além da prevenção externa, é preciso se atentar aos cuidados dentro da residência, mantendo bem fechados todos os ralos internos e externos ao imóvel, com grelhas do tipo abre/fecha ou telas de nylon sob as grelhas de escoamento de água de chuva; deve-se vedar as soleiras das portas; conservar o quintal, jardim, despensas, garagens e porões sempre limpos, com mato sempre cortado, evitando acumular materiais nesses locais. Também é importante manter o material de construção, madeiras e garrafas empilhados longe do chão, da parede e do teto, e em local bem arejado, promovendo sempre a mudança de local desses materiais; fechar todas as frestas existentes nas paredes ou pisos da residência. Além disso, é importante sacudir roupas, toalhas e calçados antes de usar, não deixar camas e berços encostados na parede.
A SMS esclarece que aracnídeos, em geral, são muito resistentes aos produtos químicos, mas os escorpiões, em especial, possuem mecanismos quimiorreceptores que captam moléculas no ambiente. Assim, o uso de inseticida, além de não conseguir fazer um controle da população desses animais em um ambiente, promove o desalojamento de seus abrigos, fazendo com que eles procurem locais fora dele, favorecendo a maior ocorrência de acidentes ou agravos com pessoas ou animais.
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